Atributos químicos do solo e crescimento inicial de milho pela adição de lodos de esgoto doméstico e industrial

Resumo

Nas últimas décadas a utilização de resíduos orgânicos e/ou inorgânicos não convencionais, como lodo de esgoto, resíduos agroindustriais ou industriais, rejeitos inorgânicos, escórias siderúrgicas, dentre outros, surgem como alternativas promissoras a escassez ou encarecimento dos fertilizantes comerciais. Diante do exposto, objetivou-se avaliar alterações morfológicas em plantas de milho e alterações nos atributos químicos de um Latossolo Amarelo coeso, após a incorporação de doses de lodos esgoto doméstico e da indústria de laticínios. Os experimentos foram instalados em um delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos consistiram de cinco doses de cada lodo incorporadas ao solo, sendo: Lodo de esgoto doméstico (LD) nas doses de 0,0; 3,1; 4,6; 6,1 e 9,2 Mg ha-1 (em base seca) e Lodo de esgoto industrial (LI) nas doses de 0,0; 5,2; 7,8; 10,4 e 15,6 Mg ha-1 (em base seca), equivalentes a 0; 100; 150; 200 e 300 kg de nitrogênio total ha-1. As doses equivalentes de 150 a 300 kg de N ha-1 propiciaram maiores ganhos de diâmetro de colmo, número de folhas, massa fresca e massa seca de folhas. Aumentos nas doses de ambos os lodos de esgotos propiciam ganhos nas variáveis morfológicas estudadas, exceto para o comprimento de raízes. Incrementos lineares positivos ocorrem no pH e no teor de fósforo dos solos com o aumento das doses de lodos. O alumínio trocável e a acidez potencial são reduzidos, a partir da primeira dose de lodo de esgoto industrial, não havendo diferença significativa para o lodo doméstico.