Composição química e atividade antifúngica de própolis sobre Aspergillus flavus

Autores

  • Alexandre Lorini Universidade Federal de Pelotas
  • Carmen Wobeto Universidade Federal de Mato Grosso
  • Solange Maria Bonaldo Universidade Federal de Mato Grosso / Campus de Sinop / Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais.
  • Sílvia de Carvalho Campos Botelho Embrapa Agrossilvipastoril
  • Adilson Paulo Sinhorin Universidade Federal de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.14393/BJ-v34n5a2018-36601

Palavras-chave:

Apis mellifera, Phenolic, Fungitoxicity, Scaptotrigona polysticta

Resumo

Outros estudos apontaram a ação antifúngica dos extratos etanólicos de própolis (EEP) sobre fungos do gênero Phakopsora, Colletotrichum e Cercospora. Neste estudo, avaliou-se a composição química e a atividade antioxidante de três EEP (própolis produzido pela abelha sem ferrão Scaptotrigona polysticta e dois tipos de própolis produzida pela Apis melífera: marrom e vermelha) e sua ação contra o Aspergillus flavus. Foram determinados os teores de cinzas, extrato seco, fenólicos e flavonoides totais nos EEP. A composição fenólica foi determinada por cromatografia líquida de alta eficiência, empregando-se as seguintes substâncias de referência: ácido gálico, ácido p-cumárico, ácido ferrúlico, quercitina, kaempferol e apigenina. Para avaliar a atividade biológica dos EEP sobre A. flavus foram realizados os testes de crescimento micelial, esporulação e germinação de esporos. Todos os EEP apresentaram baixos teores de extrato seco (< 11%), porém quantidades de cinzas adequadas (< 5%). O EEP vermelha apresentou os maiores teores de fenólicos e flavonoides totais (5,38 e 2,77 g 100g-1), enquanto que a maior atividade antioxidante registrada foi do EEP
marrom (92,9%). O EEP de S. polysticta apresentou maiores teores de ácido p-cumárico (10,99 mg g-1), enquanto que os de A. mellifera, vermelha e marrom, destacaram-se com os maiores níveis de quercetina (27,26 mg g-1) e de ácido gálico (5,88 mg g-1), respectivamente. Nenhum extrato foi eficaz na inibição do crescimento micelial e esporulação de A. flavus, porém observou-se inibição na germinação de esporos pelo EEP vermelha. Sugere-se que o efeito inibitório na germinação de esporos pode estar relacionado com os maiores níveis de flavonoides encontrados na própolis vermelha, quando comparado com os outros extratos investigados.

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Biografia do Autor

Solange Maria Bonaldo, Universidade Federal de Mato Grosso / Campus de Sinop / Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais.

Professora da Universidade Federal de Mato Grosso / Campus de Sinop / Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais.

Adilson Paulo Sinhorin, Universidade Federal de Mato Grosso

Professor da Universidade Federal de Mato Grosso / Campus de Sinop / Instituto de Ciências Naturais, Humanas e Sociais.

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Publicado

2018-10-11

Como Citar

LORINI, A., WOBETO, C., BONALDO, S.M., BOTELHO, S. de C.C. e SINHORIN, A.P., 2018. Composição química e atividade antifúngica de própolis sobre Aspergillus flavus. Bioscience Journal [online], vol. 34, no. 5, pp. 1298–1307. [Accessed23 novembro 2024]. DOI 10.14393/BJ-v34n5a2018-36601. Available from: https://seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/36601.

Edição

Seção

Ciências Agrárias