Consumo de álcool entre estudantes de uma universidade pública brasileira e consequências associadas a esse consumo
DOI:
https://doi.org/10.14393/BJ-v33n5a2017-36547Palavras-chave:
College student drinking, Illicit Drugs, Dangerous behaviorResumo
O presente estudo teve por objetivos avaliar os perfis do consumo alcoólico e os comportamentos e consequências associados a esse consumo entre universitários. Este estudo transversal, observacional e preditivo correlacional foi realizado com estudantes de uma universidade pública brasileira, de diferentes períodos da graduação. Foram coletados dados sociodemográficos, a prevalência do uso de álcool e de outras drogas nos prévios 12 meses e nos prévios 30 dias, informações sobre o comportamento acadêmico, informações sobre consequências negativas resultantes do uso do álcool, comportamentos de risco, sintomas de depressão e de sofrimento psicológico. Também foi utilizado o Teste para Triagem do Uso de Álcool, Tabaco e Outras Substâncias (ASSIST). Entre os 1139 universitários avaliados, 91% fizeram uso de álcool na vida. Alunos concluintes mais frequentemente do que os iniciantes, respectivamente, fizeram uso de álcool na vida (93% vs. 88%), nos últimos 12 meses (86% vs. 78%) e nos últimos 30 dias (75% vs. 66%). A prevalência de consumo com risco para dependência de álcool foi semelhante entre alunos iniciantes (31%), intermediários (25%) e concluintes (25%), e 84% deles não consideravam esse consumo prejudicial à saúde.
Consumo de outras drogas; consumo com risco para dependência de tabaco, de maconha e de cocaína; depressão; sofrimento psicológico; comportamentos de risco, e menores interesses pelas atividades acadêmicas foram mais prevalentes entre os que faziam consumo com risco para dependência de álcool do que entre aqueles que faziam consumo sem risco. Em conclusão, foram observadas preocupantes frequências e padrões de consumos de álcool entre os universitários avaliados, bem como de consequências negativas e de comportamentos de risco associados a esse consumo. Os resultados deste estudo mostram que políticas de prevenção ao uso de álcool devem incluir os estudantes assim que ingressam na universidade.
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