Perfil clínico e epidemiológico de crianças e adolescentes submetidos ao transplante de células-tronco hematopoéticas
DOI:
https://doi.org/10.14393/BJ-v35n5a2019-36227Palavras-chave:
Hematopoietic Stem Cell Transplantation, Bone Marrow Transplantation, Child, Adolescent, EpidemiologyResumo
O Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas (TCTH) é utilizado em crianças como um tratamento definitivo para várias doenças oncológicas, imunodeficiências, hemoglobinopatias, malignidades que envolvem o sistema hematológico, distúrbios de metabolismo congênito, entre outros. Caracterizar o perfil clínico e epidemiológico de crianças e adolescentes submetidos ao TCTH em um serviço de referência do estado do Rio Grande do Norte. Trata de um estudo epidemiológico de abordagem quantitativa, do tipo coorte retrospectiva, observacional, descritivo e analítico onde foram abordados os prontuários de crianças e adolescentes submetidos ao TCTH em um serviço hospitalar de referência para esse tipo de transplante no estado do Rio Grande do Norte (RN). A amostra final foi composta por 35 prontuários de pacientes com idade entre dois e 18 anos que realizaram o TCTH no período de fevereiro de 2008 a dezembro de 2015 e que apresentavam os dados necessários ao estudo. Do total de prontuários analisados houve discreta maioria de pacientes do sexo masculino (51,42%). Destes, 60,00% eram estudantes e 71,42% residiam no estado do RN. De acordo com as características clínicas, 34,3% apresentaram como diagnóstico principal a Leucemia Linfoblástica Aguda e 25,71% a Leucemia Mieloide Aguda. As toxicidades gastrointestinais foram as que mais ocorreram (97,1%) e todos receberam tratamento com antineoplásicos/quimioterápicos e antieméticos. O TCTH alogênico foi o mais frequentemente realizado (57,14%) e a fonte de CPH mais utilizada foi o sangue periférico (54,29%) e 5,71% desenvolveram a Doença do Enxerto Contra Hospedeiro (DECH), dos quais um foi acometido por DECH aguda e outro pela forma crônica. A causa de morte com maior frequência foi a sepse (60%). O perfil das variáveis clínicas apresentadas pelas crianças e adolescents desta pesquisa mostram que o diagnóstico mais prevalente foi o de LLA, as toxicidades que mais ocorreram foram as gastrointestinais, cardíacas, respiratórias e hematológicas, o TCTH mais realizado foi o alogênico de sangue periférico e a maior causa de mortalidade foi a sepse. Tais dados se assemelham aos estudos realizados na América do Norte, Europa e Ásia.
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Copyright (c) 2019 Wanessa da Silva Peres Bezerra, Marcos Antonio Ferreira Júnior, Isabelle Campos de Azevedo, Mayk Penze Cardoso, Andreia Insabralde de Queiroz Cardoso, Oleci Pereira Frota, Maria Lúcia Ivo, Vanessa Giavarotti Taboza Flores, Elenilda de Andrade Pereira Gonçalves
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