Crescimento e marcha de acúmulo de fitomassa em pinhão-manso (Jatropha curcas L.)

Resumo

As plantas de pinhão-manso são caracterizadas pela rusticidade, com pouca exigência nutricional e hídrica. Por esta razão, têm sido utilizadas na recuperação de terras degradadas ou como cerca viva. Porém, em condições edafoclimáticas adequadas, pode-se tornar uma cultura alternativa para a produção de óleo diesel, por suas características de teor e qualidade industrial. Estudos sobre o crescimento e a marcha de acúmulo de fitomassa de parte aérea de plantas perenes subsidiam práticas de manejo da cultura, tais como a definição da população e do arranjo de plantas; também possibilita a estimativa da demanda e do potencial de reciclagem de nutrientes, o que contribui para o estabelecimento da quantidade e da época mais adequada para o fornecimento de adubos em cobertura. Trabalhos já publicados sobre avaliações do crescimento e do acúmulo de fitomassa têm abrangido um período de avaliação relativamente curto, algumas vezes em condições de casa de vegetação. Com o objetivo de avaliar a campo o crescimento e a marcha de acúmulo de fitomassa em plantas de pinhão-manso, conduziu-se um experimento em Cassilândia, MS, por um período de 52 meses. Adotou-se o delineamento experimental inteiramente ao acaso com quatro repetições e 15 tratamentos, correspondentes às épocas de avaliação. Verificou-se que o crescimento das plantas de pinhão-manso, principalmente em relação à sua altura e diâmetro de caule e de copa, é mais intenso nos primeiros doze a 15 meses após o transplantio das mudas. Para o diâmetro de copa, houve novo ciclo de crescimento, entre o 35º e o 52º mês, em taxa superior à observada no período inicial. O acúmulo de matéria seca de caule é relativamente pequeno até oito meses após o transplantio das mudas, aumentando consideravelmente a partir deste período. Há intensa senescência e abscisão foliar nas plantas, nos períodos mais secos e frios do ano.