Análise da eficiência do sistema australiano de tratamento de águas residuais em um abatedouro de suínos
DOI:
https://doi.org/10.14393/BJ-v33n1a2017-34753Palavras-chave:
environmental monitoring, microbiological parameters, physicochemical parameters, treatment ponds.Resumo
A suinocultura é uma atividade econômica que ocupa posição de destaque no cenário mundial alimentício vinculado ao comércio da carne. No entanto, abatedouros de suínos geram resíduos que são liberados pelos efluentes e podem disseminar microrganismos patogênicos e degradar o meio ambiente, especialmente em corpos hídricos. O objetivo do estudo foi avaliar a eficiência do sistema australiano e qualidade do efluente proveniente da Estação de Tratamento de Efluente (ETE) de um abatedouro de suínos liberada no Córrego Laranja Azeda localizado na cidade de Dourados (Estado do Mato Grosso do Sul, Brazil). As coletas das amostras de efluentes na ETE foram realizadas nas lagoas de tratamento (sistema australiano) desde a sua entrada até a saída durante o período de um ano. Para mensuração da qualidade de água foram avaliados parâmetros físico-químicos e biológicos. Parâmetros referentes à Demanda Bioquímica de Oxigênio e a Demanda Química de Oxigênio foram aferidos de acordo com a American Public Health Association e, além destes foram mensurados quantidade de oxigênio dissolvido, pH, temperatura, condutividade elétrica, sólidos totais dissolvidos e potencial de oxi-redução do efluente. A técnica dos tubos múltiplos foi utilizada para quantificação de coliformes totais (CT) e coliformes termotolerantes (CTT). Os resultados apontaram a redução de matéria orgânica e microrganismos. As médias dos parâmetros avaliados apresentaram redução significativa (p<0,005) para a concentração de oxigênio dissolvido, pH, temperatura da água, potencial de oxi-redução, quantidade de coliformes presentes na água. O manejo dos resíduos gerados pela ETE acarretou na remoção de poluentes do efluente, mas não foi eficiente em atender os parâmetros legais brasileiros e internacionais que normatizam o seu despejo em corpos de água. Considera-se necessária maior fiscalização das condições referentes a qualidade de água do efluente lançado neste córrego, pois o resultado indica risco de saúde para a comunidade ribeirinha que faz uso dessa água para banhos, dessedentação de animais, irrigação e outras atividades domésticas.
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