Distúrbios no padrão do sono em pacientes submetidos à cirurgia oncológica gastrointestinal
DOI:
https://doi.org/10.14393/BJ-v33n2-34323Palavras-chave:
Enfermagem oncológica, Transtornos do sono, Qualidade de vida, Neoplasias gastrointestinaisResumo
Objetivo: avaliar o padrão do sono em pacientes com câncer submetidos à cirurgia oncológica gastrointestinal e relacioná-lo com as dimensões de qualidade de vida. Método: estudo transversal com abordagem quantitativa, realizado com 114 pacientes. Foram utilizados os instrumentos sociodemográfico e clínico, Índice de Qualidade do Sono de Pittsburg (PSQI) e o European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of the Questionnaire Core 30 (EORTC QLQ-C30). Resultados: a maioria era do sexo masculino, tinham entre 50 e 60 anos, aposentados, casados, estudo fundamental incompleto. O câncer na porção colorretal foi predominante, período do pósoperatório de até dois meses e com tempo de diagnóstico de até seis meses. A dor, o tempo da cirurgia e do diagnóstico foram preditivos para os distúrbios do sono, influenciando negativamente na qualidade deste. As correlações entre o PSQI e o EORTC-QLC-C30 foram significativas para todas as dimensões das escalas funcionais e para a Escala Global de Sintomas (EGS). Quanto maior o escore das escalas funcionais do EORTC-QLC-C30 e do EGS, melhor a qualidade de vida, enquanto um escore elevado do PSQI indica pior qualidade do sono. Os indivíduos que apresentaram dor tiveram escores mais elevados do PSQI, o que indica pior qualidade do sono, ainda, quanto menor o tempo de realização da cirurgia e do tempo do diagnóstico, maior é o escore do PSQI, ou seja, padrão do sono ruim. Conclusão: os cuidados prestados aos pacientes com câncer requerem que a equipe de enfermagem tenha conhecimento dos sintomas gerados pelo tratamento, visando que a sobrevivência a esta doença venha acompanhada de uma boa qualidade de vida.