Obesidade, hipertensão e diabetes em caminhoneiros no centro-oeste, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.14393/BJ-v33n2-34285Palavras-chave:
Glicemia, Pressão arterial, Índice de massa corporal, CaminhoneirosResumo
A alta prevalência de sobrepeso e obesidade foi observada entre os motoristas profissionais. Um risco aumentado de hipertensão e obesidade pode estar relacionada com a longa jornada de trabalho. Este trabalho objetivou avaliar o índice de massa corporal (IMC), o nível de glicose e a pressão arterial em motoristas de caminhão. Os motoristas de caminhão de longa distância foram recrutados em um posto de combustível, no Estado de Goiás, Brasil, entre abril de 2014 e junho de 2014. Um questionário foi aplicado. Foram realizados o teste de glicose ao acaso, aferição da pressão arterial, peso corporal e calculado o índice de massa corporal. As Análises estatísticas foram realizadas pelo programa EPI INFO 7.0. O nível de significância foi fixado em 5% (p≤0,05). Foram incluídos no estudo um total de 155 motoristas de caminhão de longa distância do sexo masculino, 78,1% (121/155) disseram que eram sedentários, 30,3% (47/155) eram fumantes atuais, 51% (79/155) estavam usando bebidas alcoólicas com frequência e 58,3% (91/155) não têm uma alimentação saudável. Cerca de 40% (61/155) eram hipertensos (> 13 x > 8 mmHg), 11,6% (18/155) tinham hiperglicemia (> 200 mg / dL), e 80% (123/155) eram obesos (IMC < 25 kg / m2). Aproximadamente 90% dos motoristas de caminhão hipertensos apresentaram IMC elevado (p <0,05) e 81% com IMC elevado eram sedentários (p <0,05). Concluímos que a maioria dos caminhoneiros estudados tinham estilo de vida sedentário associado a alta prevalência de sobrepeso e obesidade. O IMC elevado foi diretamente associado com a hipertensão.