Crescimento e respostas morfológicas de mudas de ipê-roxo Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos à adubação nitrogenada

Resumo

O uso de espécies arbóreas nativas para restauração de áreas degradadas é muitas vezes prejudicada pela falta de informação sobre os requerimentos nutricionais de mudas na fase de viveiro. Portanto, este trabalho objetivou avaliar o crescimento e respostas morfológicas de mudas de ipê-roxo à adubação mineral nitrogenada. O experimento foi conduzido de julho a outubro de 2013, em viveiro de mudas com tela de sombreamento de 50%. As sementes foram postas para germinar por 15 dias em bandejas de poliestireno de baixa densidade, e posteriormente transplantadas para sacos plásticos de polietileno de 0,9 L. Foi utilizado o delineamento de blocos completos ao acaso, com quatro repetições e quatro plantas por unidade experimental. Os tratamentos foram constituídos por cinco níveis de nitrogênio (0, 50, 150, 300 e 450 mg N dm^-3), utilizando o sulfato de amônio como fonte. Dois meses após o transplantio, as seguintes variáveis foram avaliadas: conteúdo de clorofila foliar; área foliar; área foliar específica; razão de área foliar; matéria seca da raiz, caule, folhas e total; relação massa seca da parte aérea/massa seca da raiz; relação altura/massa seca da parte aérea; e índice de qualidade de Dickson. A adubação mineral nitrogenada otimizou o crescimento das mudas ao promover resultados mais elevados para o teor de clorofila, área foliar e produção de massa seca da parte aérea. Assim, mudas adubadas expandiram significativamente suas folhas e investiram mais no crescimento da parte aérea, melhorando sua rusticidade e qualidade. O nível de nitrogênio de 240 mg dm^-3 foi considerado o mais eficiente para produção de mudas de ipê-roxo.