Seletividade de aplicações combinadas de herbicidas em pré e pós-emergência para a soja tolerante ao glyphosate

Resumo

Dentro de sistemas de manejo de plantas daninhas, a aplicação de herbicidas em pré-emergência é uma opção interessante, visto que eles são uma importante ferramenta no manejo de populações resistentes. Objetivou-se com este trabalho avaliar a seletividade de herbicidas aplicados em pré-emergência na cultura da soja, combinados ou não à aplicação de glyphosate em pós-emergência, em solo de textura argilosa. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com oito repetições, em esquema fatorial 10 x 2, com dez tratamentos de herbicidas, com ou sem a aplicação de glyphosate em pós-emergência. Os dez tratamentos de herbicidas foram chlorimuron-ethyl (10 e 15 g ha-1), diclosulam (16,8 e 25,2 g ha-1), sulfentrazone (200 e 300 g ha-1), flumetsulam (60, 78 e 140 g ha-1), além de uma testemunha sem herbicida mantida sem plantas daninhas. A aplicação dos herbicidas em pré-emergência ocorreu um dia após a semeadura da soja V-MAX RR (NK-7059). A aplicação de glyphosate a 1200 g ha-1 foi feita 21 dias após a emergência da soja (V3). Os resultados mostraram que os herbicidas aplicados em pré-emergência afetaram o desenvolvimento inicial da soja, ocorrendo redução no crescimento das plantas e sintomas de fitointoxicação. Porém, de modo geral, isto não refletiu na produtividade de grãos. Os únicos tratamentos de herbicidas considerados não seletivos para a soja foram aqueles nos quais se aplicou flumetsulam (78 e 140 g ha-1) em pré-emergência, seguidos da aplicação de glyphosate em pós. Com essas combinações, houve redução na produtividade de grãos.