Análise florística comparativa da arborização urbana nos campi universitários do Brasil
Resumo
As instituições acadêmicas podem contribuir para uma adequada arborização urbana por meio do emprego de espécies apropriadas, embora em algumas universidades seja encontrado predomínio de espécies exóticas do Brasil. O objetivo deste trabalho foi realizar uma análise comparativa das espécies arbóreas e arbustivas utilizadas em campi universitários do Brasil para os quais há levantamentos disponíveis na literatura. Cada espécie teve sua origem (nativa ou exótica do Brasil) investigada. De posse dessas informações e dos dados de ocorrência das espécies, foram conduzidas análises exploratórias e confirmatórias. Apesar do uso predominante de espécies nativas (344 - 57,43% do total de espécies presentes na compilação), o número de exóticas (255 - 42,57% do total) foi elevado se considerarmos a diversidade ímpar da flora brasileira. O uso de espécies nativas e exóticas diferiu entre os levantamentos (χ2 =132,2, p < 0,0001); sete campi utilizaram significativamente (p ≤ 0,05) mais nativas do que exóticas e três campi, mais exóticas. Uma das espécies mais frequentes foi o pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.), classificada como "Em Perigo" pela Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. A similaridade florística entre os levantamentos foi em geral baixa, mas foi mais alta entre levantamentos situados geograficamente mais próximos (Mantel, r = -0,4459, p = 0,0020), sugerindo que campi sob diferentes contextos locais e regionais tendem a utilizar diferentes espécies. A maioria das espécies indicadoras foi nativa, mas as melhores indicadoras (Valor Indicador mais alto) foram exóticas. Recomenda-se que espécies nativas, particularmente as autóctones, sejam cada vez mais utilizadas nos espaços urbanos, principalmente onde se gera e difunde conhecimento, ou seja, nas universidades.Downloads
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Publicado
2013-06-28
Como Citar
CUPERTINO, M.A. e EISENLOHR, P.V., 2013. Análise florística comparativa da arborização urbana nos campi universitários do Brasil . Bioscience Journal [online], vol. 29, no. 3, pp. 739–750. [Accessed25 novembro 2024]. Available from: https://seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/15144.
Edição
Seção
Ciências Biológicas
Licença
Copyright (c) 2013 Mônica Aparecida Cupertino, Pedro Vasconcellos Eisenlohr
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