Dialogismo e polifonia na música popular: apropriações e reapropriações de sentidos

Autores/as

  • Adalberto Paranhos

DOI:

https://doi.org/10.14393/artc-v24-n45-2022-68256

Palabras clave:

dialogismo, música popular, apropriação de sentidos

Resumen

Ao tomar como ponto de partida as contribuições de Mikhail Bakhtin, eu me proponho, neste artigo, incursionar por um estudo de caso de dialogismo aplicado à música popular. Primeiramente, examino duas composições nas quais o diálogo que vincula uma a outra põe em destaque as marcas linguísticas que as aproximam. Procuro mostrar de que forma uma canção romântica teve alguns de seus elementos apropriados e ressignificados, ao ser submetida, noutra canção, a um processo de politização inesperada. Em seguida, analiso como, na regravação de uma mesma composição, esta foi atingida por golpes de irrisão que retiraram o chão sobre o qual ela se assentava, num caso explícito de polifonia e reapropriação de seu sentido. Em meio a isso, se verificará, no dizer de Bakhtin, que “a segunda voz, uma vez instalada no discurso do outro, entra em hostilidade com o seu agente primitivo e o obriga a servir a fins diametralmente opostos”.

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Biografía del autor/a

Adalberto Paranhos

Mestre em Ciência Política pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Doutor em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professor do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Pesquisador do CNPq. Autor, entre outros livros, de Os desafinados: sambas e bambas no “Estado Novo”. São Paulo: Intermeios/CNPq/Fapemig, 2015. 

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Publicado

2022-12-28

Cómo citar

Paranhos, A. (2022). Dialogismo e polifonia na música popular: apropriações e reapropriações de sentidos. ArtCultura, 24(45), 81–94. https://doi.org/10.14393/artc-v24-n45-2022-68256

Número

Sección

Dosier – Música más allá de la música