Escrita literária, leitura filosófica: as Canções sem metro, de Raul Pompeia
DOI:
https://doi.org/10.14393/artc-v23-n43-2021-64091Palabras clave:
Canções sem metro, Filosofia, Raul PompeiaResumen
Este texto é dedicado à análise de Can- ções sem metro, de Raul Pompeia. Sustento aqui dois argumentos que, de certa forma, estendem-se a todo o legado artístico-literário do escritor: em primeiro lugar, abordo o pessimismo frequentemente atribuído a ele, e supostamente realçado em tal obra, o que acredito tratar-se de uma interpretação equivocada; e, em segundo lugar, entendo que, para o autor, o ser humano é essencialmente mau, fato que coloca em dúvida tanto os usos que a humanidade faz dos recursos naturais, quanto as relações estabelecidas entre os homens. Por outro lado, e apesar de sua concepção negativa da natureza humana, argumento que Pompeia não deixa de crer na possibilidade de uma sociedade melhor, conforme expressa por meio da ideia de “progresso relativo” e do ideal de “esperança”.
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