Certas equivalências e aspirações em comum: Luiz Sérgio Person e a produção cinematográfi ca de São Paulo na década de 1960

Autores/as

  • Jaison Castro Silva

DOI:

https://doi.org/10.14393/ArtC-V20n36-2018-1-11

Resumen

O texto analisa como o cineasta Luiz Sérgio Person se inseriu, ainda que de modo heterodoxo, no contexto cultural do cinema paulista. Durante muito tempo vinculado a outros movimentos cinematográfi cos, Person sempre manteve uma relação ambivalente com o cenário paulista, até que, a partir de 1966, o cineasta passou a representar um exemplo de cinema autoral diante de uma produção fílmica que, através do INC e da revista Filme Cultura, buscava construir um meio-caminho entre o cinema de autor e o cinema de indústria em sua proposta de constituição de um polo de produção cinematográfi ca. Apesar de sua inserção, Luiz Sérgio Person afi rmou sua individualidade e seu não pertencimento a grupos em um contexto cultural em que isso poderia ocasionar um relativo isolamento. Sua trajetória singular mostra-se uma excepcional oportunidade para analisar as iniciativas individuais frente a um cenário em que as posições políticas geravam uma polarização aparentemente irremediável.

Palavras-chave: Luiz Sergio Person; produção cinematográfi ca de São Paulo; década de 1960.

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Biografía del autor/a

Jaison Castro Silva

Doutor em História Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Professor do Instituto Federal do Piauí-campus Campo Maior (IFP) e do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Coorganizador, entre outros livros, de História e arte: teatro, cinema, literatura. Teresina: Edufpi, 2016.

Citas

* Este trabalho foi realizado

graças a bolsa de auxílio à pesquisa

Capes/Fulbright.

Uma escrita imagética (bildlich)

é aquela em que as palavras

se agregam para explodir em

construtos de alto poder sensório.

Em termos de pesquisa

relacionada a cinema, essa

abordagem teórica faz-se fundamental

para permitir que a

historicidade de manifestações

singulares assome em suas contradições,

hábeis para compor

um nó temporal inelidível.

DIDI-HUBERMAN, Georges.

O que vemos, o que nos olha. 2. ed.

São Paulo: Editora 34, 1998, p.

e ss.; BENJAMIN, Walter.

Magia e técnica, arte e política. 7.

ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.

As disputas em torno de

Person que aqui analisamos

foram durante muito tempo

esquecidas. O cineasta, até

pouco tempo atrás, surgia nas

pesquisas acadêmicas como pacifi

camente inserido no grupo

cinema-novista. Como exemplo,

ver, BIN, Marco Antonio.

A São Paulo de Person: uma

análise socioespacial do fi lme

São Paulo S. A. Dissertação

(Mestrado em Comunicação e

Semiótica)

, NORITOMI, Roberto

Tadeu. Uma alternativa urbana

dentro do cinema novo. Dissertação

(Mestrado em Ciências

Sociais)

A inclusão de Person nas

fi leiras do Cinema Novo pelos

estudiosos de cinema, que por

muito tempo foi tácita, tem

sido desfeita nos últimos 15

anos de pesquisa, gerando um

razoável consenso de que suas

diferenças pessoais o excluem

do movimento. Sobre isso, ver

COSTA, Candida Monteiro

Rodrigues da. Em busca de Luiz

Sérgio Person: cineasta na contramão:

-1976. Dissertação

(Mestrado em Comunicação

Social)

Além de São Paulo S. A., sua

estreia de fato, Person dirigira

uma comédia na década de

para uma pequena produtora.

Por desentendimentos

com os fi nanciadores, o fi lme

fora cancelado. Relançado nos

anos 1960 como Um marido para

três esposas, seria assinado por

Renato Grecchi. Ver PERSON,

Luiz Sérgio. Entrevista para o

Luz, Câmera & Ação. In: LABAKI,

Amir (org.). Person por

Person. São Paulo: A. Labaki,

, p. 30. Entrevista originalmente

concedida para Joanna

Fomm durante o programa da

TV Cultura Luz, Câmera & Ação,

em 1975.

Cf. FIGUEIR

Cinema Novo: a onda do jovem

cinema e sua recepção na França.

Campinas: Papirus, 2004.

RAMOS, José Mário Ortiz.

Cinema, Estado e lutas culturais:

anos 50, 60, 70. Rio de Janeiro:

Paz e Terra, 1983, p. 23.

Cf. AGAMBEN, Giorgio. Que

c

Nott etempoed, 2013.

Para uma visão geral sobre as

demandas por reformas, ver

GOMES, Angela de Castro e

FERREIRA, Jorge. 1964: o golpe

que derrubou um presidente,

pôs fi m ao regime democrático

e instituiu a ditadura no Brasil.

Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,

Ver ROCHA, Glauber. Uma

estética da fome. Revista Civilização

Brasileira. Rio de Janeiro,

n. 3, jul. 1965. Ninho Morais

questiona se Glauber Rocha

já teria visto o fi lme quando

redigiu o manifesto ou o teria

inserido no texto apenas através

de um resumo de Gustavo

Dahl e Paulo César Saraceni,

companheiros de Person desde

a época do Centro Sperimentale,

teriam feito a ele a respeito

do fi lme. A dúvida é pertinente,

uma vez que o fi lme foi fi nalizado

em sua montagem somente

em junho de 1965, para ser

lançado comercialmente em

outubro daquele ano, e a V

Rassegna, onde Glauber apresentou

sua revolucionária tese,

ocorrida em janeiro do mesmo

ano. Mas a dúvida se desfaz

quando percebemos que a

menção ao fi lme de Person está

entre os acréscimos que o texto

de Rocha recebeu para a publicação

na Revista Civilização

Brasileira, em julho, mas não na

versão apresentada como tese

em Gênova. Portanto, Rocha

redigiu essa segunda versão

após o fi lme estar montado e já

premiado em Pesaro. Glauber

provavelmente assistiu a um

copião do fi lme, talvez exibido

por Person para um público

seleto. Ver MORAIS, Ninho.

Radiografi a de um fi lme: São Paulo

S. A, de Luiz Sergio Person.

São Paulo: Imprensa Oficial,

, p. 357 e ss. Para a discussão

sobre as várias versões do

manifesto de Glauber Rocha,

ver SILVA, Jaison Castro. Autonomia

e Cinema nacional: a

V Rassegna e o Cinema Novo.

Anais do VII Simpósio Nacional

de História Cultural. São Paulo,

Universidade São Paulo

Disponível em

gthistoriacultural.com.br/VIIsimposio/

Anais/Jaison%20Castro%

Silva.pdf>.

Ver NEVES, David E. Cinema

Novo no Brasil. Petropólis: Vozes,

Cf. DAHL, Gustavo, DIEGUES,

Carlos, NEVES, David,

SARACENI, Paulo César e

VIANY, Alex. [Vitória do cinema

novo]. In: AVELLAR,

José Carlos. (org.). O processo

do cinema novo. Rio de Janeiro:

Aeroplano, 1999, p. 115. Originalmente

publicado em Revista

Civilização Brasileira, Rio de

Janeiro, n. 3, 1965.

Sobre isso, ver DAHL, Gustavo.

[carta] mar. [?], 1963, Paris

[para] ROCHA, Glauber. [s.n.].

Situação do mercado europeu

para o fi lme brasileiro e festivais

de cinema. In: BENTES,

Ivana (org.) Glauber Rocha:

cartas ao mundo. São Paulo:

Companhia das Letras, 1997.

PERSON, Luiz Sérgio. Person:

autoanálise e cinema verdadeiro

(depoimento concedido

a Miriam Alencar

Folha de S. Paulo, São Paulo, 17

abr. 1967.

Ver SILVA, Jaison Castro,

op. cit.

Cf. NEHRING, Marta. São

Paulo em movimento: a representação

da cidade nos anos 1960.

Tese (Doutorado em Ciências

da Comunicação)

Paulo, 2007, p. 147 e ss. Tal

oposição binária já era forte na

efervescência daquele momento,

como podemos constatar em

vários documentos da época.

Devido a limitações de espaço,

aqui nos restringiremos a citar

apenas dois exemplos, entre os

muitos disponíveis, dessa dicotomia

presente tanto na análise

posterior como nos embates do

período: GOMES, Paulo Emílio

Salles. Rascunhos e exercícios.

Suplemento Literário de O Estado

de S. Paulo. São Paulo, 20 jun.

, p. 5, e FARIA, Octavio.

Por um cinema-síntese. Filme

Cultura, ano II, n. 8, Rio de

Janeiro, mar. 1968. Para uma

visão mais ampla do assunto,

ver SILVA, Jaison Castro. A tessitura

insuspeita: cosmopolitismo,

cinema nacional e trajetórias do

olhar em Walter Hugo Khouri e

Luiz Sérgio Person (1960-1968).

Tese (Doutorado em História)

Cf. PERSON, Luiz Sérgio. Depoimento.

São Paulo, fev. 1967.

Datilografado, sem publicação,

encontrado nos arquivos da

Cinemateca, p. 5. Ao futuro

companheiro de roteiros, Jean-

Claude Bernardet, Person diria:

do Cinema Novo, o Glauber

entre outros, estavam cheios de

ilusão e se comportavam como

meninos, que não estavam

percebendo a realidade polí tica

e que não ia ter revolução nenhuma.

BERNARDET, Jean-

Claude. In: COSTA, Candida

Monteiro Rodrigues da, op. cit.,

p. 101 (trecho obtido a partir do

roteiro decupado do copião do

fi lme Person (2007), de Marina

Person).

Uma coletânea de suas críticas

foi organizada por Ruy

Castro: ver SALLES, Francisco

Luiz de Almeida. Cinema e

verdade: Marylin, Buñuel, etc.

por um escritor de cinema. São

Paulo: Companhia das Letras,

Uma tese nacionalista,

defendida na Convenção de

Críticos e que, posteriormente,

se converteu em texto seminal

para se entender o cinema no

período está contida em GOMES,

Paulo Emílio Salles. Uma

situação colonial? In: Crítica de

Cinema no Suplemento literário

(vol. 2). Rio de Janeiro: Paz e

Terra, 1981.

SALLES, Francisco Luiz de

Almeida. Em louvor de Person.

Suplemento Literário de O Estado

de S. Paulo, São Paulo, 9 out.

, p. 5.

SGANZERLA, Rogério. Encontros.

São Paulo: Azougue, 2007.

Idem, Filmar São Paulo. Suplemento

Literário de O Estado

de S. Paulo, São Paulo, 23 out.

, p. 5.

Sganzerla se aproximava dos

referenciais da fenomenologia

no cinema, uma das tendências

da crítica cinematográfi ca de

então. Ver idem, A

cínica. Suplemento Literário de O

Estado de S. Paulo, São Paulo, 11

jul. 1964, p. 5, e GR

José Lino. Um fi lme é um fi lme.

São Paulo: Companhia das

Letras, 2001.

Referência ao teórico de

cinema Jean Epstein, outro elemento

do código disponível da

época com o qual as críticas de

Sganzerla efetuam um diálogo.

Sobre isso, ver ainda RITTNER,

Maurício. Atualidade de Epstein.

Filme Cultura, ano I, n. 4,

Rio de Janeiro, mar.-abr. 1967.

O crítico Arley Pereira, por

exemplo, defendeu Person

como

diretamente nacionalistas e

universalistas:

os fatos ao seu gosto e

apontar em

o surgimento de uma temática

tipicamente paulista, o que na

verdade, se fosse o caso, não

passaria de provincianismo

PEREIRA, Arley. São Paulo S.

A. Diário de Notícias, São Paulo,

out. 1965.

Cf. SIMIS, Anita. Estado e

cinema no Brasil. 2. ed. São

Paulo: Annablume/Fapesp/Itaú

Cultural, 2008.

No cinema brasileiro a divisão

leva à discussão. Folha de S.

Paulo, São Paulo, 17 out. 1966.

A matéria, uma entre muitas

dedicada à polêmica, apresenta

uma enquete com depoimentos

de quatro cineastas contrários

ao projeto (Glauber Rocha, Luís

Carlos Rocha, Roberto Farias

e Rui Santos) e quatro a favor

(Walter Hugo Khouri, Luiz

Sérgio Person, Gustavo Dahl e

Joaquim Pedro de Andrade) da

fundação do INC por decreto

presidencial.

Azeredo propunha um cinema

Ver AZEREDO, Ely. Biáfora, a

coragem de ser. Filme Cultura,

ano I, n. 7, Rio de Janeiro, out.-

nov. 1967, p. 18.

Idem, O novo cinema brasileiro.

Filme Cultura, ano I, n.

, Rio de Janeiro, jan.-jun.(?)

, p. 11.

Idem, apud A crítica e o cinema

novo II). Filme Cultura, ano I,

n. 5, Rio de Janeiro, jul.-ago.

, p. 21.

PAIVA, Salvyano Cavalcanti

(verbete). In: RAMOS, Fernão

Pessoa e MIRANDA, Luís

Felipe. Enciclopédia do cinema

brasileiro. São Paulo: Senac,

, p. 413.

Idem, apud A crítica e o cinema

novo I. Filme Cultura, ano I,

n. 2, Rio de Janeiro, nov.-dez.

, p. 27.

PERSON, Luiz Sérgio, apud

Cinema paulista espera a sua

vez. Jornal da Tarde, São Paulo,

fev. 1966.

De acordo com o cinemanovista

Gustavo Dahl,

Vera Cruz] a noção de processo

econômico cinematográfico

terminava na produção [...].

O Cinema Novo repetiu esses

ciclos de produção [...]. Praticamente

todos os estímulos

governamentais do cinema se

referem à produção

Gustavo apud BERNARDET,

Jean-Claude. Historiografi a clássica

do cinema brasileiro: metodologia

e pedagogia. São Paulo:

Annablume, 1996, p. 26.

PERSON, Luiz Sérgio. Person

e o cinema paulista (entrevista a

Alfredo Sternheim). Filme Cultura,

ano I, n. 5, Rio de Janeiro,

jul.-ago. 1967, p. 21.

Cf. NEHRING, Marta, op.

cit., p. 153.

Cf. BERNARDET, Jean-Claude.

Caso Naves. In: BERNARDET,

Jean-Claude e Luís Sérgio

Person. O caso dos irmãos Naves:

chifre em cabeça de cavalo.

São Paulo: Imprensa Oficial

do Estado, 2004, p. 8 e 9 (roteiro

do fi lme republicado com

comentário de Jean-Claude

Bernardet).

Ver PERSON inicia nova película.

O Estado de S. Paulo, São

Paulo, 30 out. 1966, p. 11.

Idem, Depoimento, op. cit.

Recordemos que, em 1967,

como resultado das políticas

do INC, o número de filmes

subira de 28, em 1966, para 44,

cf. JOHNSON, Randal. The fi lm

industry in Brazil: culture and

State. Pittsburgh: Pittsburgh

University Press, 1987. Naves,

de todo modo, era o primeiro

grande lançamento do cinema

paulista daquele ano. Por isso

se explica, em parte, a atenção

concedida pelo INC ao fi lme.

Ver BIÁFORA, Rubem. O erro

judiciário em O caso dos irmãos

Naves, O Estado de S. Paulo,

São Paulo, 4 jun. 1967, bem

como SILVA, Jaison Castro. O

cinema brasileiro diante de um

presente incendiário: o fi lme O

caso dos irmãos Naves (1967),

de Luiz Sérgio Person, e o despertar

das consciências durante

o regime de exceção. Revista

de Estudos Ibero-americanos, v.

, n. 1 Porto Alegre, jan-abr.

Disponível em

dx.doi.org/10.15448/1980-

X.2017.1.24762>.

Ver Filme Cultura. Rio de

Janeiro, n. 5, jul.-ago. 1967, p.

e 17.

As opiniões de Viany e Gomes

estão na coluna de Ely

Azeredo no Jornal do Brasil.

AZEREDO, Ely. O filme em

questão: O caso dos irmãos

Naves. Jornal do Brasil. Rio de

Janeiro, 23 set. 1967. Em carta a

Glauber, Bernardet reclamaria

que os críticos julgavam que o

filme era

Jean-Claude. [carta]

São Paulo, 21 jul. 1967, [para]

ROCHA, Glauber. Sobre Person

e A hora dos ruminantes.

In: BENTES, Ivana (org.), op.

cit., p. 284.

BLANCO, Armindo. Um dia

as manchetes quando já era

tarde. O Globo. Rio de Janeiro,

set. 1967.

Ver Prêmios INC 1967. Filme

Cultura. Rio de Janeiro, ano II,

n. 9, 30 abr. 1968.

PERSON, Luiz Sérgio, apud

Cineastas em depoimento. Filme

Cultura, n. 8, Rio de Janeiro,

mar. 1968, p. 28.

Cf. MORAIS, Ninho, op. cit.

Cf. XAVIER, Ismail. Alegorias

do subdesenvolvimento: cinema

novo, tropicalismo e cinema

marginal. 2. ed. São Paulo:

Cosac Naify, 2012. Ver também

SHOHAT, Ella e STAM, Robert.

Crítica da imagem eurocêntrica:

multiculturalismo e representação.

São Paulo: Cosac Naify,

Cf. GALV

do cinema independente em

São Paulo. Texto de 1980, datilografado,

encontrado nos arquivos

da Cinemateca Brasileira. O

cinema independente assumiu

uma confi guração própria no

período. A independência do

fi lme estava relacionada não somente

a aspectos econômicos,

como à autonomia em relação

à indústria e/ou os modos

tradicionais de produção, até

porque o cinema brasileiro não

possuía uma indústria consolidada,

e a critérios ideológicos.

O cineasta independente seria

aquele que questionasse as formas

de produção tradicionais

no capitalismo, abrindo caminho

para o híbrido

industrial

permite revisitar esse conceito,

tornando-o, porém, ainda mais

atravessado de contradições.

Ver também BERNARDET,

Jean-Claude e GALV

Rita. Cinema

caixa de eco ideológica: nacional

e popular na cultura brasileira.

São Paulo: Embrafi lme; Brasiliense,

Cf. JOHNSON, Randal, op. cit.

O terceiro,

(1968), um western cômico, foi

um fracasso de crítica e público,

levando o cineasta a uma quase

aposentadoria precoce do

cinema. Nesse período (1968-

, Person se dedicou quase

exclusivamente à publicidade.

Cassy Jones é o seu retorno como

diretor, apostando uma vez

mais na comédia. Ver PERSON,

Luiz Sérgio, op. cit..

Cf. JOHNSON, Randal, op.

cit., p. 104-137.

DIEGUES, Carlos. Cacá Diegues:

por um cinema popular,

sem ideologias (entrevista

concedida a PolaVartuck). O

Estado de S. Paulo, São Paulo,

set. 1978, p. 27. O cinemanovista

Diegues fazia duras

críticas à celebração em torno

desse movimento cinematográfico,

naquele momento já

encerrado. Além da sua crítica

à

Cinema Novo, sua declaração

mais memorável dizia respeito

ao que era designado de

ideológico

se transformar em memória,

o Cinema Novo adquiriria um

status que ossifi caria algumas

de suas propostas. Sobre o fi m

do movimento em 1971, ver

FIGUEIR

Ver, o posicionamento, em

, de PERSON, Luiz Sérgio,

op. cit.

Idem, Entrevista. O Pasquim,

n. 205, Rio de Janeiro, 5 a 11

jun. 1973. Republicado em PERSON,

Luiz Sérgio. Entrevista a

O Pasquim. In: LABAKI, Amir.

Person por Person, op. cit.

Ver COSTA, Candida Monteiro

Rodrigues da, op. cit.

Sobre questões dessa natureza,

ver KOSELLECK, Reinhart.

Futuro passado: contribuição à

semântica dos tempos históricos.

Rio de Janeiro: Contraponto/

PUC-Rio, 2006.

Ver RAULINO, Berenice. Ruggero

Jacobbi: presença italiana

no teatro brasileiro. São Paulo:

Perspectivas/Fapesp, 2002. De

acordo com Douglas Correa

Jr., Jacobi seria um defensor

do cinema-indústria. Ver CORREA

JR., Fausto Douglas. A

cinemateca brasileira: das luzes

aos anos de chumbo. São Paulo:

Edunesp, 2010, p. 133.

PERSON, Luiz Sérgio. Carta.

O Pasquim, n. 206, Rio de Janeiro,

jul. 1973, p. 16.

Idem, ibidem.

Cf. RICOEUR, Paul. Tempo e

narrativa. Campinas: Papirus,

, v. 1.

Sobre isso, em outros contextos,

ver DIDI-HUBERMAN,

Georges, op. cit.

Publicado

2018-10-22

Cómo citar

Silva, J. C. (2018). Certas equivalências e aspirações em comum: Luiz Sérgio Person e a produção cinematográfi ca de São Paulo na década de 1960. ArtCultura, 20(36). https://doi.org/10.14393/ArtC-V20n36-2018-1-11

Número

Sección

Dossiê História & Cinema