Censorship through time: theater and authoritarianism in Brazi
DOI:
https://doi.org/10.14393/artc-v22-n40-2020-56983Abstract
No ano passado, no Brasil, diversos veículos de comunicação denunciaram como ato censório uma série de medidas tomadas por instâncias do Executivo, Legislativo e do Judiciário. Dentre os casos com maior notoriedade, a proibição, por parte do prefeito carioca Marcelo Crivella, da venda de uma história em quadrinhos dos Vingadores, na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, em setembro de 2019. Segundo comunicado oficial, a decisão se justificava em virtude da reprodução de um beijo entre personagens do mesmo sexo, nas páginas do impresso. Já em 2020, noticiou-se a tentativa de censura de mais de quarenta títulos de literatura nacional e estrangeira por meio de portaria emitida pelo governo de Rondônia. Entraram na lista obras supostamente inapropriadas para alunos do ensino médio, livros de autores clássicos como Euclides da Cunha, Franz Kafka e Machado de Assis. Os impulsos censórios registrados recentemente no país guardam relação direta com o fortalecimento de grupos e políticas de caráter conservador vinculados à direita e à extremadireita, mas também ao forte imaginário autoritário que tanto marca as relações sociais por aqui.
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References
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