Crispim do Amaral e a concepção do Teatro Amazonas
DOI:
https://doi.org/10.14393/artc-v27-n50-2025-80247Palabras clave:
Teatro Amazonas, Crispim do Amaral, ecletismoResumen
Este artigo trata do processo de construção do Teatro Amazonas, em Manaus, destacando a participação de Crispim do Amaral na sua concepção. A investigação começa pela descrição de espaços teatrais preexistentes em Manaus, estabelecendo o contexto histórico para a construção de um teatro público, observando os obstáculos iniciais, interrupção das obras e sua retomada durante o governo de Eduardo Ribeiro. Em seguida, ao mencionar a trajetória de Crispim do Amaral, como cenógrafo e pintor, mostramos sua participação na decoração do Teatro Amazonas. Abordamos o projeto da fachada, explorando a influência de elementos do classicismo e do revivalismo, a partir das fontes primárias disponíveis. Procuramos discutir sobre a estética eclética do Teatro Amazonas, que experimenta a combinação de referências estilísticas históricas com a utilização de materiais inovadores, como a estrutura metálica da cúpula, e ainda sobre a controvérsia envolvendo autoria e recepção. Consideramos que a cúpula, idealizada por Bancels, possivelmente com a participação de Amaral, se tornou o elemento icônico do Teatro Amazonas, consolidando sua imagem como símbolo da cultura daquele período. A pesquisa fundamentou-se na análise de documentos históricos, como projetos, ofícios, fotografias e periódicos, tendo como orientação teórica os estudos de Valladares, Muthesius, Ricci, Panofsky e Warburg, entre outros.
Descargas
Referencias
A Província, Recife, ano 13, n. 251, 1º nov. 1890.
A República, Belém, ano 2, n. 374, 26 maio 1891.
A República, Belém, ano 2, nº 436, 12 ago. 1891.
A República, Belém, ano 3, nº 633, 27 abr. 1892.
A República, Belém, ano IV, n. 878, 10 mar. 1893.
AMARAL, Chrispim do. Carta súplica. Arquivo Nacional (Rio de Janeiro). Fundo/coleção: Casa Real e Imperial / Notação: caixa 17, pacote 9, doc. 165.
Amazonas, Manaus, ano 4, n. 207, 1º jan. 1870.
Amazonas, Manaus, ano 5, s./n., 5 set. 1875.
Amazonas, Manaus, ano 13, n. 226, 12 jan. 1879.
Amazonas, Manaus, ano 16, n. 698, 1º jan. 1882.
Amazonas, Manaus, ano 28, n. 139, 6 jul. 1893.
AVÉ-LALLEMANT, Robert. No Rio Amazonas (1859). Belo Horizonte-São Paulo: Editora Itatiaia/Edusp, 1980.
BAPST, Germain. Essai sur l’histoire du théâtre: la mise en scène, le décor, le costume, l’architecture, l’éclairage, l’hygiène. Paris: Hachette, 1893.
COLQUHOUN, Alan. Modernity and the classical tradition: architecture essays, 1980-1987. Massachusetts: MIT Press, 1994.
Commercio do Amazonas, Manaus, ano 30, n. 248, 3 ago. 1898.
CURTIS, William J. R. Arquitetura moderna desde 1900. Porto Alegre: Bookman, 2008.
DERENJI, Jussara. Teatros da Amazônia: Teatro da Paz, Teatro Amazonas. Belém: Fundação Cultural do Município de Belém, 1996.
Diário de Notícias, Belém, ano 6, n. 7, 10 jan. 1885.
Diário de Notícias, Belém, ano 2, n. 253, 14 fev. 1886.
Diário de Notícias, Belém, ano 12, n. 179, 18 ago. 1891.
Diário de Notícias, Belém, ano 12, n. 67, 26 mar. 1891.
Diário do Maranhão, São Luís, ano 24, n. 5876, 10 abr. 1893.
Diário Oficial do Amazonas, Manaus, ano 3, n. 410, 20 abr. 1895.
Diário Oficial do Amazonas, Manaus, ano 2, n. 4862, 27 dez. 1895.
Diário Oficial do Amazonas, Manaus, ano 6, n. 12997 [1198?], 1º fev. 1898.
Diário Oficial do Amazonas, Manaus, ano 6, n. 1253, 12 abr. 1898.
Espectador, Rio de Janeiro, ano 3, n. 18, 22 jul. 1883.
Estrella do Amazonas, Manaus, ano 6, n. 284, 14 abr. 1858.
FRAMPTON, Kenneth. História crítica da arquitetura moderna. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
Gazeta do Norte, Fortaleza, ano 2, n. 50, 4 mar 1882.
Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, ano 3, n. 234, 22 ago. 1893.
Jornal do Commercio (edição da tarde), Theatros e artistas. Rio de Janeiro, n. 424, 11 abr. 1911.
Jornal do Recife, ano 36, n. 86, 18 abr. 1893.
Jornal do Recife, ano 32, n. 89, 21 abr. 1889.
Jornal do Recife, ano 38, n. 98, 1º maio 1895.
Liberal do Pará, Belém, ano 19, n. 267, 26 nov. 1889.
MUTHESIUS, Stefan. Eclecticism. Grove Art Online. 2003. Disponível em <https://www.oxfordartonline.com/groveart>.
O Democrata, Belém, ano 3, n. 179, 6 ago.1892.
O Imparcial, Manaus, ano 1, n. 95, 6 jul. 1897.
O Pará, Belém, ano I, n. 14, 25 dez. 1897.
O Pará, Belém, ano I, n. 85, 10 mar. 1898.
O Século, Rio de Janeiro, ano 6, n. 1638, 18 dez. 1911.
O Tempo, Manaus, 17 set. 1916.
PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2014.
PÁSCOA, Márcio e PÁSCOA, Luciane. As representações da Iara segundo Ermanno Stradelli, José Cândido da Gama Malcher e Crispim do Amaral na Amazônia oitocentista. Cerrados, n. 55, Brasília, maio 2021.
PÁSCOA, Márcio. A vida musical em Manaus na época da borracha (1850-1910). Manaus: Imprensa Oficial do Estado do Amazonas/Funarte, 1997.
PEVSNER, Nikolaus. Panorama da arquitetura ocidental. São Paulo: Martins Fontes, 1982.
RICCI, Claudia Thurler. O ecletismo e civilização. In: CAVALCANTI, Ana Maria Tavares, DAZZI, Camila e VALLE, Arthur (orgs.). Oitocentos: arte brasileira do Império à Primeira República. Rio de Janeiro: EBA-UFRJ/DezenoveVinte, 2008, v. 1.
RIPA, Cesare. Iconologia, t. IV. Perugia: Stamperia di Piergiovanni Costantini, 1765.
RIPA, Cesare. Iconologia, t. 1. Perugia: Stamperia di Piergiovanni Costantini, 1765, v. 1.
ROTH, Leland M. Understanding architecture. New York: Harper-Collins, 1993.
TEIXEIRA, Felipe Charbel. Aby Warburg e a pós-vida das pathosformeln antigas. História da Historiografia, n. 5, Ouro Preto, set. 2010. Disponível em <https://www.historiadahistoriografia.com.br>.
VALLADARES, Clarival do Prado. Restauração e recuperação do Teatro Amazonas. Manaus: Governo do Estado do Amazonas, 1974.
WARBURG, Aby. Histórias de fantasmas para gente grande: escritos, esboços e conferências. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos da licença Creative Commons, adotada a partir da ArtCultura, v. 21, n. 39 (jul.-dez. 2019).
CC BY-NC-ND 4.0: o artigo pode ser copiado e redistribuído em qualquer suporte ou formato. Os créditos devem ser dados ao autor original e mudanças no texto devem ser indicadas. O artigo não pode ser usado para fins comerciais. Caso o artigo seja remixado, transformado ou algo novo for criado a partir dele, ele não pode ser distribuído.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.










