Festas negras: direitos e modernidade musical no Rio de Janeiro, séculos XIX/XX
DOI:
https://doi.org/10.14393/ap8pxp85Resumo
Esse texto é a versão escrita e ampliada de uma palestra que realizei na Casa de Rui Barbosa, na série mensal “História e culturas urbanas”, em 2022, sobre a temática das “festas e sua matriz africana”.1 Na ocasião, apresentei uma reflexão, que já venho desenvolvendo há muito tempo, sobre como festeiros e músicos negros conseguiram impor sua presença no Rio de Janeiro desde o século XIX.
Downloads
Referências
<http://www.labhoi.uff.br/?q=linha-de-pesquisa/memoria-africas-escravidao e http://passadospresentes.com.br/>.
<https://observatoriodopatrimonio.com.br/site/index.php/itens-de-patrimonio/jongo>.
ABREU, Martha e MATTOS, Hebe. Jongo, registros de uma história. In: LARA, Silvia e PACHECO, Gustavo (orgs.). Memória do jongo: as gravações históricas de Stanley Stein. Vassouras, 1949. Rio de Janeiro-Campinas: Folha Seca/Cecult, 2007.
ABREU, Martha e DANTAS, Carolina Vianna. Música popular, identidade nacional e escrita da história. Textos Escolhidos de Cultura e Arte Populares, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, maio 2016.
ABREU, Martha e ASSUNÇÃO, Mathias Röhrig. Da cultura popular à cultura negra. In: ABREU, Martha, XAVIER, Giovana, MONTEIRO, Lívia e BRASIL, Eric (orgs.). Cultura negra: novos desafios para os historiadores. Niterói: Eduff, v. 1, 2017.
ABREU, Martha e VIANA, Larissa. Festa e cidadania. In: TERRA, Paulo Cruz, MAGALHÃES, Marcelo de Souza e ABREU, Martha (orgs.). Os poderes municipais e a cidade: Império e República. Rio de Janeiro: Mauad-Faperj, 2019.
ABREU, Martha. O império do divino: festas religiosas e cultura popular no Rio de Janeiro, 1830-1900. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.
ABREU, Martha. Da senzala ao palco: canções escravas e racismo nas Américas. Campinas: Editora da Unicamp, 2017.
ABREU, Martha. Modernismos, modernidades negras e racismos na história da música brasileira. In: GALANTE, Rafael e BITTENCOURT, Renata. Música e modernismos negros. São Paulo: IMS, 2024.
ALMEIDA, Renato. História da música brasileira. Rio de Janeiro: F. Briguiet, 1926.
ANDRADE, Mário de. Ensaio sobre a música brasileira. São Paulo: I Chiarato & Cia, 1928
ARCHER-STRAW, Petrine. Negrophilia: avant-guarde Paris and black culture in the 1920s. Nova York: Thames & Hudson, 2000.
Atentados contra a moral pública. Diário do Rio de Janeiro, 24 jul. 1852.
BANDEIRA, Fabiana Martins. Modernidade negra na Praça Onze: escolas de samba, ação política e a construção do carnaval turístico. Tese (Doutorado em História) – UFF, Niterói, 2022.
BARBOSA, Alessandra Tavares de Souza Pessanha. A escola de samba “tira o negro do local da informalidade”: agências e associativismos negros a partir da trajetória de Mano Eloy (1930-1940). Tese (Doutorado em História) – UFRRJ, Seropédica, 2018.
BILAC, Olavo. A dança no Rio de Janeiro. Kosmos, ano 3, n. 5, Rio de Janeiro, maio 1906.
BRASIL, Eric. A corte em festa: experiências negras em carnavais do Rio de Janeiro (1879-1888). Curitiba: Editora Prismas, 2016.
BRASIL, Eric. Carnavais atlânticos: cidadania e cultura negra no pós-abolição. Rio de Janeiro e Port-of-Spain (1838-1920). Tese (Doutorado em História) – UFF, Niterói, 2016.
BRASIL, Eric. Moysés Zacharias: carnaval, cidadania e mobilizações negras no Rio de Janeiro (1900-1920). Niterói, Eduff, 2018.
CAMPOS, Renata Bulcão Lassance. “É assim que o samba vai vencendo”: Os Unidos da Tijuca e as estratégias de ascensão das escolas de samba do Rio de Janeiro da década de 1930. Dissertação (Mestrado em História) – PUC-Rio, 2016.
CARDOSO, Rafael. Modernidade em preto e branco. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
COELHO NETO. O Paiz, Rio de Janeiro, 1892.
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em <https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1503907193/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988#art-215>. Acesso em 18 nov. 2024.
CUNHA, Maria Clementina Pereira. "Não tá sopa": sambas e sambistas no Rio de Janeiro, de 1890 a 1930. Campinas: Editora da Unicamp, 2016.
CUNHA, Maria Clementina Pereira. Ecos da folia: uma história social do carnaval carioca entre 1880 e 1920. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
DANTAS, Carolina Vianna. O Brasil café com leite: mestiçagem e identidade nacional em periódicos – Rio de Janeiro, 1903-1914. Rio de Janeiro: Casa de Rui Barbosa, 2010.
DANTAS, Caroline Moreira Vieira. Protagonismo negro e racismo na trajetória do músico e professor de violão Patricio Teixeira. Tese (Doutorado em História) – Uerj, Rio de Janeiro, 2019.
DOMINGUES, Petrônio. O “tríduo da loucura”: Campos Elyseos e o carnaval afro-diaspórico. Tempo, v. 19, n. 35, Rio de Janeiro, 2013.
FAGUNDES, Luciana Pessanha e ABREU, Martha. Modernismos musicais e músicos negros. In: MAIA, Andréa Casa Nova e FAGUNDES, Luciana Pessanha (orgs.). Independências e modernismos: outras modernidades no Brasil republicano. Rio de Janeiro: Telha, 2022.
FLUMINENSE, Américo. Disponível em <https://peregrinacultural.com/2011/02/21/o-carnaval-no-rio-de-americo-fluminense-texto-integral-revista-kosmos-1907/>. Acesso em 18 nov. 2024.
GALLET, Luciano. Estudos de folclore. Rio de Janeiro: Carlos Wehrs e Cia., 1934.
Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 8 jan. 1907.
GILROY, Paul. O Atlântico negro, modernidade e dupla consciência. São Paulo-Rio de Janeiro: Editora 34/Universidade Candido Mendes, 2001.
GOMES, Angela de Castro. Cultura política e cultura histórica no Estado Novo. In: ABREU, Martha, SOIHET, Rachel e GONTIJO, Rebeca (orgs.). Cultura política e leituras do passado: historiografia e ensino de história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.
GUILLEN, Isabel e LIMA, Ivaldo Marciano de França. Os maracatus-nação do Recife e a espetacularização da cultura popular. Saeculum: Revista de História, v. 14, João Pessoa, jan.-jun. 2006.
GUIMARÃES, Antonio Sergio. Modernidades negras: a formação racial brasileira (1930-1970). São Paulo: Editora 34, 2021.
LOPES, Nei. O negro no Rio de Janeiro e sua tradição musical: partido-alto, calango, chula e outras cantorias. Rio de Janeiro: Pallas, 1992.
LOPES, Nei. Partido-alto: samba de bamba. Rio de Janeiro: Pallas, 2005.
MARTINS, Carolina. Entre brechas e proibições: a experiência de brincantes negros do bumba-meu-boi no Maranhão no pós-abolição. In: ABREU, Martha, XAVIER, Giovana, MONTEIRO, Lívia e BRASIL, Eric (orgs.). Cultura negra: novos desafios para os historiadores. Niterói: Eduff, v. 1, 2017.
NATAL, Vinicius. Samba, cidadania e modernismo. Samba em Revista, ano 14, n. 13, Rio de Janeiro, dez. 2022.
PEREIRA, Juliana. A era do maxixe: uma história social de uma dança nacional, 1870-1930. Curitiba: Editorial Casa, 2022.
PEREIRA, Leonardo Affonso de Miranda. O carnaval das letras. Rio de Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro/Secretaria Municipal de Cultura, 1994.
PEREIRA, Leonardo Affonso de Miranda. A dança da política: trabalhadores, associativismo recreativo e eleições no Rio de Janeiro da Primeira República. Revista Brasileira de História, v. 37, n. 74, São Paulo, 2017.
PEREIRA, Leonardo Affonso de Miranda. A cidade que dança: clubes e bailes negros no Rio de Janeiro (1881-1933). Campinas-Rio de Janeiro: Editora da Unicamp/Eduerj, 2020.
REIS, João José e SILVA, Eduardo. Negociação e conflito. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
PINTO, Rebeca Natacha de Oliveira. De Chocolat: identidade negra, teatro e educação no Rio de Janeiro da Primeira República. Dissertação (Mestrado em Educação) – UFF, Niterói, 2014.
REIS, João José. Tambores e temores: a festa negra na Bahia na primeira metade do século XIX. In: CUNHA, Maria Clementina Pereira (org.). Carnavais e outras f(r)estas: ensaios de história social da cultura. Campinas: Editora da Unicamp, 2002.
SAMPAIO, Gabriella e ALBUQUERQUE, Wlamyra. De que lado você samba?: raça, política e ciência na Bahia do pós-abolição. Campinas: Editora da Unicamp, 2021. RIBEIRO, Mário e COSTA, Valeria. Festas de pretos: celebrações, formas de expressão e algazarras da população negra no Brasil. Recife: Editora UFPE, 2024.
SANDRONI, Carlos. Feitiço decente: transformações do samba no Rio de Janeiro (1917-1933). Rio de Janeiro: Editora UFRJ/Zahar, 2001.
SERGL, Marcos Júlio. “Pelo telefone”: polêmicas a respeito do primeiro samba gravado. Veredas: Revista Interdisciplinar de Humanidades, v. 1, n. 1, São Paulo, 2017.
SILVA, Sormani da. Escola de Samba Deixa Malhar: batuques e outras sociabilidades no tempo de Mano Elói na Chácara do Vintém entre 1934 e 1974. Dissertação (Mestrado em Relações Etnicorraciais) – Cefet/RJ, Rio de Janeiro, 2014.
SLENES, Robert W. Na senzala uma flor: as esperanças e recordações na formação da família escrava. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
SOARES, Fernanda Epaminondas. “Fui o criador de macumbas em discos”: protagonismo negro e a trajetória de Getúlio Marinho da Silva no pós-abolição carioca (1895-1964). Curitiba: CRV, 2021.
TERRA, Paulo Cruz, MAGALHÃES, Marcelo de Souza e ABREU, Martha (orgs.). Os poderes municipais e a cidade: Império e República. Rio de Janeiro: Mauad-Faperj, 2019.
VALENÇA, Rachel e VALENÇA, Suetônio. Serra, serrinha, serrano: o império do samba. Rio de Janeiro: José Olympio, 1981.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos da licença Creative Commons, adotada a partir da ArtCultura, v. 21, n. 39 (jul.-dez. 2019).
CC BY-NC-ND 4.0: o artigo pode ser copiado e redistribuído em qualquer suporte ou formato. Os créditos devem ser dados ao autor original e mudanças no texto devem ser indicadas. O artigo não pode ser usado para fins comerciais. Caso o artigo seja remixado, transformado ou algo novo for criado a partir dele, ele não pode ser distribuído.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.










