Entre a denúncia, a memória e a utopia: o cinema que desafia a ditadura militar no Brasil

Autores

  • Patrícia Machado
  • Isabella Poppe

DOI:

https://doi.org/10.14393/artc-v26-n48-2024-75985

Palavras-chave:

documentário, ditadura militar, memória

Resumo

Ainda sob a vigência da ditadura militar brasileira, dois cineastas que haviam sido presos políticos saem do país e decidem usar o cinema como um instrumento de embate e de construção de ideias de um futuro para o país. Vivendo no exílio no Chile, Luiz Sanz dirige Não é hora de chorar, em 1971. Lúcia Murat filma na Nicarágua O pequeno exército louco, entre 1978 e 1980. Diante do sentimento de derrota das esquerdas, Sanz e Murat realizam filmes a fim de renovar esperanças e elaborar estratégias de sobrevivência, de denúncia, de construção de memória, especialmente das mulheres que sofreram de forma específica a violência da ditadura. Neste artigo, propomos investigar a trajetória e a atuação desses dois cineastas e refletir sobre o contexto de produção e a importância dos filmes tanto na disputa de narrativas no presente quanto como testemunhos da história.

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Biografia do Autor

Patrícia Machado

Doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professora dos cursos de graduação e pós-graduação em Comunicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Jovem Cientista do Nosso Estado -Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Autora, entre outros livros, de Cinema de arquivo: imagens e memória da ditadura militar. Rio de Janeiro: Sagarana, 2024. 

Isabella Poppe

Doutoranda em História Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

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Publicado

30-06-2024

Como Citar

Machado, P., & Poppe, I. (2024). Entre a denúncia, a memória e a utopia: o cinema que desafia a ditadura militar no Brasil. ArtCultura, 26(48), 191–213. https://doi.org/10.14393/artc-v26-n48-2024-75985

Edição

Seção

Minidossiê – História & Cinema