A arte de Antonio Dias, entre o cinismo e a tautologia
DOI:
https://doi.org/10.14393/artc-v25-n47-2023-73185Resumo
Na página de um caderno, uma anotação simples, a lápis: “bordeless painting as bordeless art (pintura sem limites como arte sem fronteiras, em tradução livre). Este locus, considerando a página como um lugar de registro de pensamentos, não é adequado para a execução da pintura em si mesma, que necessita da tela e de seus limites, embora seja da natureza da arte sempre lançar proposições que atestem e revejam continuamente esses limites, segundo Sérgio Martins, ao comentar Joseph Kosuth, um dos artistas conceituais dos anos 1960, referencial para a trajetória de Antônio Dias. Em livro recém-lançado, Arte negativa para um país negativo: Antonio Dias entre o Brasil e a Europa, Martins intenta construir uma narrativa que seja homóloga, como discurso estético e crítico, às relações nem sempre diretas entre os inúmeros movimentos pós-vanguardistas ou neovanguardistas internacionais, a partir do final da década de 1960, e seus pontos de contato com a obra do brasileiro Antonio Dias, que se impôs um autoexílio na Europa em virtude do avanço da ditadura no Brasil, naquele momento da história.
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Referências
ARGAN, Giulio Carlo. Walter Groupius e la Bauhaus. Torino: Einaudi, 1951.
CAMNITZER, Luis. Arte contemporânea colonial. Arte Contemporânea colonial. In: FERREIRA, Glória e COTRIM, Cecília [orgs]. Escritos de artistas, anos 60/70. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
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