Figuras da memória ditatorial: borrões e apagamentos para (des)lembrar o passado
DOI:
https://doi.org/10.14393/artc-v25-n47-2023-73179Palavras-chave:
arte, memória, ditaduraResumo
Este artigo analisa obras de arte que recorrem a borrões e apagamentos para elaborar a memória da ditadura civil-militar brasileira, entendidos como modos de referenciar esquecimentos. São examinados três trabalhos que integraram a exposição MemoriAntonia, montada em 2021 com curadoria de Márcio Seligmann-Silva e Diego Matos: Reconstituição, de Lais Myrrha; e Decreto e Pesquisa escolar, de Leila Danziger. Aqui, interessa investigar de que forma as produções subsidiam a rememoração do período ditatorial a partir de uma perspectiva que, permeada por descontinuidades, sugere tanto a potência quanto a fragilidade da memória. Percebe-se, com isso, que as obras também marcam a necessidade de reformular o que se (des)lembra acerca da ditadura, impulsionada por um querer saber.
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