Loucura e verossimilhança em Drácula (1897), de Bram Stoker

Autores

  • Cleber Vinicius do Amaral Felipe

DOI:

https://doi.org/10.14393/artc-v25-n46-2023-71197

Palavras-chave:

Drácula, loucura, verossimilhança

Resumo

O artigo analisa a loucura não apenas como patologia que integra a trama ficcional, mas também como expediente literário que confere verossimilhança à narrativa de Drácula (1897), o romance mais reconhecido de Bram Stoker. Além de destacar o papel nuclear desempenhado por Renfield, paciente do Dr. Seward, pretende-se demonstrar que a pluralidade de perspectivas, manifestada em diários e cartas redigidas por diferentes personagens, ampara uma unidade de sentido consolidada pela correspondência entre autor, obra e recepção. Dito de outra forma, a ausência de um narrador onisciente e a reunião de relatos provenientes de múltiplos pontos de vista permitem que o leitor assuma o papel do médico que estuda, diagnostica e trata o alienado, perscrutando a sua loucura. A proximidade entre alienista e louco, no entanto, torna imprecisa a fronteira entre sanidade e insanidade, o que faz supor a existência de uma “linguagem da loucura” a orientar o enredo forjado por Stoker.

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Biografia do Autor

Cleber Vinicius do Amaral Felipe

Doutor em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Professor do Instituto de História da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), onde atua nos cursos de graduação e de pós-graduação em História. Autor, entre outros livros, de História e literatura: fontes, caminhos, abordagens. Teresina: Cancioneiro, 2023. 

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Publicado

30-06-2023

Como Citar

do Amaral Felipe, C. V. (2023). Loucura e verossimilhança em Drácula (1897), de Bram Stoker. ArtCultura, 25(46), 224–239. https://doi.org/10.14393/artc-v25-n46-2023-71197

Edição

Seção

Artigos