Leituras e apropriações da história na defesa geral dos réus do crime de lesa-majestade (Revolução de 1817)

Autores

  • Luiz Carlos Villalta

DOI:

https://doi.org/10.14393/artc-v24-n44-2022-66578

Palavras-chave:

Revolução de 1817, defesa dos réus, apropriações da histó- ria

Resumo

Este artigo centra-se nas leituras e apropriações da história feitas por Antônio Luiz de Brito Aragão e Vasconcelos em sua defesa geral dos réus pelo crime de lesa-majestade, decorrente do envolvimento na Revolução de 1817, buscando mostrar como elas lhe foram essenciais em sua ação como advogado. São analisadas também defesas de dois réus em específico, em parceria com outros advogados, a saber: com Manoel Gonçalves da Rocha, do réu Manuel Florentino Carneiro da Cunha, e com Luís de França de Ataí- de e Mojedro, do réu José Maria de Vasconcelos e Bourbon. Nessa análise, especial atenção é dedicada aos seguintes pensadores das Luzes: Barão de Montesquieu, Cesare Beccaria e Pascoal de Melo Freire.

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Biografia do Autor

Luiz Carlos Villalta

Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Professor dos cursos de graduação e pós-graduação em História da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pesquisador do CNPq e do Programa do Pesquisador Mineiro (PPM) da Fapemig. Autor, entre outros livros, de Usos do livro no mundo luso-brasileiro sob as Luzes: reformas, censura e contestações. Belo Horizonte: Fino Traço, 2015. 

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Publicado

2022-06-13

Como Citar

Villalta, L. C. (2022). Leituras e apropriações da história na defesa geral dos réus do crime de lesa-majestade (Revolução de 1817). ArtCultura, 24(44), 76–99. https://doi.org/10.14393/artc-v24-n44-2022-66578

Edição

Seção

Dossiê: História, livros & leituras