O cangaço e a literatura popular em versos: a tradição na pós-modernidade
DOI:
https://doi.org/10.14393/artc-v22-n41-2020-58648Palavras-chave:
literatura popular em versos, cangaço, representaçãoResumo
Ao analisar as representações do cangaço na literatura de folhetos, este artigo lança-se ao desafio de estabelecer um diálogo entre tradição e pósmodernidade, com o objetivo de romper com certa leitura arcaica ou quase medieval dessa produção literária. Como arena de consentimento e resistência, os folhetos foram forjados em consonância com determinada ideia essencialista de cultura popular, moldada no final do século XIX e primeira metade do século XX, formadora de um imaginário-base, reinventado na segunda metade do século XX e início do XXI. Ao contrário daquela leitura arcaizante, abordamos a capacidade de renovação e permanente absorção de narrativas, de linguagens, de imaginários, especialmente com relação à cultura de massa e das tecnologias digitais, reveladora dos processos de resistência, mas também de conformismo, das culturas populares no Brasil.
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