“Impressionantes esculturas de lama”: o mangue e a criação de um novo espaço-símbolo
DOI:
https://doi.org/10.14393/artc-v22-n40-2020-56970Palavras-chave:
mangue, Manguebeat, RecifeResumo
Neste texto se descortinam imagens distintas do mangue que atravessam os tempos. O manguezal, outrora pujante e metáfora da diversidade, sofreu transformações radicais. Hoje habitado por poucos crustáceos, seu espaço é ocupado sobretudo pelo lixo. Mas, nos anos 1990, ele foi apropriado pelo Manguebeat como um novo espaçosímbolo. Empreender uma viagem pelo tempo nos reserva múltiplas visões do mangue, capturado pelo olhar de artistas de diferentes áreas. Na pintura, na tapeçaria, na litografia, na fotografia, no cinema, na literatura, na música, se agitam, simultaneamente, novos e velhos Nordestes. Aqui, ao passar por eles, trata-se de privilegiar a Manguetown que brotou do Manguebeat, na qual o Recife é simbolizado por uma “antena parabólica enfiada na lama”.
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