Tuca como lugar teatral de resistência: história e memória

Autores

  • Heloisa de Faria Cruz

DOI:

https://doi.org/10.14393/artc-v22-n40-2020-56966

Palavras-chave:

Tuca, resistência, memória

Resumo

O artigo explora experiências históricas e processos memorialísticos que contribuíram para a construção da identidade do Tuca como lugar teatral no qual a mística da resistência se incorporou ao próprio edifício teatral. O argumento principal é o de que a identidade simbólica que a história confere ao edifício teatral é também tributária de movimentos deliberados da comunidade universitária, que, em conjunturas diversas, buscou atualizar sentidos e marcos dessa memória da resistência à ditadura.

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Biografia do Autor

Heloisa de Faria Cruz

Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Professora do Departamento de História e do Programa de Estudos Pós-graduados em História da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Pesquisadora do CNPq. Autora, entre outros livros, de São Paulo em papel e tinta: periodismo e vida urbana 1890/1915. 2. ed. São Paulo: Arquivo Público do Estado de São Paulo, 2013.

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Publicado

2020-06-10

Como Citar

de Faria Cruz, H. . (2020). Tuca como lugar teatral de resistência: história e memória. ArtCultura, 22(40), 108–126. https://doi.org/10.14393/artc-v22-n40-2020-56966

Edição

Seção

Minidossiê: Teatro(s) & práticas artísticas