Elocução de proa: o Diário da navegação (1769-1771) de Teotônio José Juzarte
DOI:
https://doi.org/10.14393/artc-v21-n39-2019-52036Palavras-chave:
Teotônio José Juzarte, História, RetóricaResumo
Neste artigo, examina-se o Diário da navegação, escrito pelo sargento-mor Teotônio José Juzarte no final do século XVIII. Orientado por preceitos de retórica e poética, pretende-se aproximar o leitor da mentalidade concebida pela coroa portuguesa, durante o reinado de Dom José I. Na análise, discute-se o lugar da narrativa de viagem, compreendida aqui como gênero próximo da épica, o que pressupõe ler o relato para além dos critérios anacrônicos de originalidade, marcas de subjetividade e autoria. Para isso, resgatam-se os vínculos entre a História (segundo a concepção de Heródoto) e a Retórica, em acordo com os preceitos de Aristóteles. O estudo considera o léxico empregado por Juzarte, propondo que o repertório adequa-se a tema, estilo e gênero afins.
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