Para uma história cultural do teatro
DOI:
https://doi.org/10.14393/ArtC-V20n36-2018-1-13Resumo
Há um crescente interesse pelo teatro entre historiadores e outras formações profi ssionais na área de ciências humanas e de letras, o que pode ser constatado em vários trabalhos recentes voltados a essa direção. Todavia, tal como ocorre com outras searas sobre as quais apenas recentemente começam a se manifestar os historiadores — tais como a biologia, a tecnologia, os fósseis, a moda, a aeronáutica, entre outros —, inúmeros e preocupantes desconhecimentos sobre a natureza dos objetos eleitos podem levar de roldão a empreitada.
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Referências
* Este texto, aqui apresentado
em primeira mão, corresponde
a um capítulo homônimo do
livro acima mencionado, a ser
lançado brevemente.
Ver VEYNE, Paul. Como se escreve
a história. Brasília: Editora
UnB, 1998.
BURKE, Peter. Variedades de
história cultural. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2006,
p. 267.
As obras específicas aqui
referidas são FOUCAULT,
Michel. As palavras e as coisas.
São Paulo: Martins Fontes,
, e CERTEAU, Michel de. A
escrita da história. Rio de Janeiro:
Forense, 2006.
Para um amplo panorama e
suas múltiplas implicações, ver
MOSTA
uma história cultural do teatro.
Florianópolis-Jaraguá do Sul:
Design, 2010.
Ver VEINSTEIN, André. La
mise en scène théâtrale et sa
condition esthetique. Paris: Flammarion,
Para pormenores sobre tais
processos, datas e fi guras relevantes
que nele tomaram parte,
ver NAGLER, Alois Maria. A
source book in theatrical history.
New York: Dover Publications,
A passagem do texto
teatral oral ao escrito foi objeto
de vários estudos, entre outros,
CHARTIER, Roger. Do palco à
página. Rio de Janeiro: Casa da
Palavra, 2002, e Cardenio entre
Cervantes e Shakespeare. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira,
Os contratos para as
representações foram estabelecidos
um a um, entre autores
e donos de companhias, mas
geraram inúmeros contratempos.
A Sociedade de Autores
e Compositores Dramáticos
surge em Paris, em 1829, na
esteira de reorganização da
sociedade após sucumbir o
Código Napoleônico.
Tanto o papel como a função
que dramaturgos e o teatro
exerceram nas sociedades europeias
ao longo do século XIX
estão minuciosamente estudados
em CHARLE, Christophe.
A gênese da sociedade do espetáculo:
teatro em Paris, Berlim,
Londres, Viena. São Paulo:
Companhia das Letras, 2012.
Os processos de disputa artística
entre as várias expressividades
se inicia após 1895
de um ponto de vista
cultural com grande efi ciência
por GAY, Peter. Modernismo, o
fascínio da heresia: de Baudelaire
a Beckett e mais um pouco. São
Paulo: Companhia das Letras,
Há grande bibliografi a sobre
o assunto, e remeto apenas a
alguns títulos considerados
clássicos nesse domínio: DORT,
Bernard. A encenação, uma
nova era? e A condição sociológica
da encenação teatral. In: O
teatro e sua realidade. São Paulo:
Perspectiva, 1977; ROUBINE,
Jean-Jacques. A linguagem da
encenação teatral
Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
; ABENSOUR, Gérard.
Meyerhold, ou a invenção da encenação.
São Paulo: Perspectiva,
; COLE, Toby; CHINOY,
Helen Krich. Directors on directing:
a source book of the
modern theatre. London: Peter
Owen/Vision Press, 1964, e
BOISSON, Bénédicte, FOLCO,
Alice e MARTINEZ, Ariane.
La mise en scène théâtrale de
à nos jours. Paris: Presses
Universitaires de France, 2010.
Um aprofundamento relativo
à atuação de Stanislávski e
Craig pode ser encontrado em
capítulo mais à frente.
A noção de semiosfera está
associada a Iuri Lotman e seus
discípulos reunidos na chamada
Escola de Tartu, Rússia, que
redimensionaram a semiótica
segundo padrões sociais e
culturais mais amplos, vislumbrando
sistemas interconectados
em rede. Ver LOTMAN,
Iuri. La semiosfera. 3 v. Madrid:
Taurus, 1993.
Ver SCHECHNER, Richard.
Performance studies: an introduction.
London/New York:
Routledge, 2007.
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Grant. A cultural history
of theatre. New York: Longman,
Ver SCHECHNER, Richard.
Performance studies: an introduction,
op. cit.
Ver WILSON, Edwin; GOLDFARB,
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McGraw-Hill, 2004.
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espanhol: Compreender el teatro,
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Ver FISCHER-LICHTE, Erika.
The show and the gaze of theatre:
a european perspective. Iowa:
University of Iowa Press, 1997.
Para uma verifi cação das qualidades
da performance, ver Estética
de lo performativo. Madrid:
Abada, 2011.
FISCHER-LICHTE, Erika.
Estética de lo performativo, op. cit.
Ver VILLEGAS, Juan. História
multicultural del teatro y las
teatralidades en América Latina.
Buenos Aires: Galerna, 2005.
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