Um país que começava a acabar enquanto outro acabava de começar: Bye bye Brasil
DOI:
https://doi.org/10.14393/ArtC-V18n33-2016-2-05Resumo
Esta análise do filme Bye bye Brasil (1979), dirigido por Cacá Diegues, tem por objetivo compreender como se deu a interação entre seu diretor e a política cultural do Estado no Brasil da década de 1970. De um lado, tinha-se um cineasta identificado com a perspectriva cultural nacionalista e autoral cinema-novista; de outro, um Estado autoritário e também nacionalista, promotor de uma modernização econômica. Nessas circunstâncias, travava-se a disputa pelo predomínio no processo de produção de filmes que estavam envolvidos com questões relativas à identidade nacional. Parte-se aqui do pressuposto de que o campo cinematográfico constitui uma arena de representações de imagens em movimento, disputada por agentes sociais pela obtenção da produção hegemônica das imagens da nação em meio a contradições, que envolviam concepções sobre cultura popular e cultura de massa. O resultado desses embates foi uma rica diversidade cinematográfica da qual Bye bye Brasil representa um caso emblemático.
Palavras-chave: Bye bye Brasil; modernização autoritária; identidade nacional.
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