Entre Matisse e Playboy: Tom Wesselmann e o corpo feminino
DOI:
https://doi.org/10.14393/ArtC-V18n33-2016-2-11Resumo
Considerada pela crítica uma trivialização da alta cultura, a obra de Tom Wesselmann é, ao contrário, resultado de um diálogo tenso com a história da arte e com as produções da comunicação de massa. Lançando mão de referências cultas - Pierre-Auguste Renoir, Pierre Bonnard, Amedeo Modigliani e Henri Matisse - e de ícones produzidos pela indústria cultural, entre os quais a revista Playboy e a publicidade, o artista direciona seu olhar crítico para o fenômeno do voyeurismo, analisado a partir de dois mecanismos: cisão sexual e nudez. As diferentes estratégias mobilizadas por Wesselmann põem em xeque as idealizações construídas pela história da arte e pela indústria cultural, confrontando o observador com os desejos e as obsessões que regem sua relação com as figuras do feminino.
Palavras-chave: Wesselmann; pintura; comunicação de massa.
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