O MÉTODO ARQUETIPOLÓGICO E O ESTUDO DAS LITERATURAS INDÍGENAS E AFRODIASPÓRICAS
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
DOI:
https://doi.org/10.14393/TES-v4n1-2021-63542Palavras-chave:
Método Arquetipológico; Literatura Indígena Contemporânea; Literatura Afrodiaspórica.Resumo
Intelectuais indígenas e afrodescendentes costumam ter o valor de suas produções literárias, muitas vezes, relativizado pela crítica tradicional, em razão de estabelecerem profundo vínculo com a oralidade. Entretanto, no mundo grego antigo, berço das civilizações ocidentais, temos notícias dos Aedos, poetas que cantavam hinos e canções, em complexa estrutura autoral: coletiva e com foco na oralidade. A literatura afrodiaspórica dá centralidade às histórias contadas como forma de transição da totalidade dos saberes, pela prática dos griôts. Da mesma forma, as culturas ameríndias recuperam as memórias ancestrais e promovem o fortalecimento da identidade cultural e espiritual pela contação de histórias. O método arquetipológico proposto por Durand (1996) apresenta a vantagem de poder ser associado às diferentes culturas e povos, de maneira sistematizada que pode ser capaz de operacionalizar relações não excludentes entre diferentes aspectos, entre eles, a oralidade e a escrita. Do excerto, podemos concluir que, a partir do emprego desses processos investigativos, torna-se possível dirimir questões valorativas e estigmatizantes nas concepções de povos e culturas diferentes. A metodologia adotada nessa análise é pesquisa interpretativa e documental dos textos literários eu compõem o corpus. Para as análises utilizamos como referencial teórico, autores como Durand, Esra pound, Graça Graúna, Márcia Kambeba, Lia Minápoty, Conceição Evaristo, Cristiane Sobral, Kiusam de Oliveira, Sidarta Ribeiro e Muniz Sodré, entre outros.
Downloads
Referências
DURAND, Gilbert. As estruturas antropológicas do imaginário. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
CABRAL, Luiz Alberto Machado. O hino homérico a Apolo. Cotia,SP: Ateliê Editorial; Campinas: Editora da Unicamp, 2004.
COSTA, Heliene Rosa da. Identidades e Ancestralidades na escrita das mulheres indígenas na poética de Eliane Potiguara. Tese (Doutorado em Estudos Literários). Instituto de Letras e Linguísticas-ILEEL / Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários-PPLET da Universidade Federal de Uberlândia, 2020. (dói
https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/29255).
COSTA, Heliene Rosa da. Poéticas de Cristiane Sobral e Márcia Kambeba: vivências do sagrado como resistência. Revista Igarapé, Porto Velho (RO), v. 14, n. 2, p.139-160, 2021. Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/igarape/article/view/5996. (acesso em agosto-2021).
EVARISTO, Conceição. Poemas da Recordação e outros Movimentos. 6ªed. Rio de Janeiro: Malê, 2021.
GRAÚNA, Graça. Criaturas de Nhanderu. 1ª ed. Barueri-SP: Editora Amarylis, 2010.
KAMBEBA, Márcia Wayna. Ay Kakiry Tama: eu moro na cidade. 2. ed. São Paulo: Pólen, 2018.
MINAPOTY, Lia. YAGUAKÃ, Elias. Yara é vida. São Paulo: Editora Kazuá, 2019.
OLIVEIRA, Kiusam. OMO-OBA: Histórias de princesas. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2009.
POUND, Esra. ABC da Literatura. Tradução de José Paulo Paes e Augusto de Campos. 12ª ed. São Paulo: Cultrix, 2013.
RIBEIRO, Sidarta. O Oráculo da Noite: a história e a ciência do sonho. 1ªed. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
SOBRAL, Cristiane. Terra Negra. Rio de Janeiro: Malê, 2017.
SODRÉ, Muniz. Pensar Nagô. Petrópolis/RJ: Vozes, 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Heliene Rosa da Costa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.