A LINHA, O MANTO, O CRAVO, O BARCO, O ARCO, A FLECHA, A LANÇA, A FLOR, A MÁSCARA E A CABEÇA
A MATÉRIA ENQUANTO GESTO POÉTICO-PERFORMÁTICO ANCESTRE
DOI:
https://doi.org/10.14393/TES-v4n1-2021-63532Palabras clave:
Grafia ancestral; performance; Arthur Bispo do Rosário; manifestações culturais brasileiras; culturas afro-ameríndias.Resumen
Guiado por Arthur Bispo do Rosário e algumas das suas mais icônicas obras de arte, o texto se tece através da linha que costura, assim como a linha que grafa. Outros elementos significantes se traçam como grafia-desenho, como presentificação e personificação de um espaço poético-performático ancestral, que modifica o processo de letramento comunitário, o ethos e o devir comuns, rasurando as construções imaginárias e sistemas de pensamento que se querem hegemônicos. Convoca-se manifestações culturais brasileiras como o Maracatu de Baque Solto, o Cavalo Marinho, Caretas de Acupe, Caboclinho, Guardas de Congado, Folia de Reis e Escolas de Samba, deixando que dessas emanem significantes presentes como elementos fundamentados das culturas afro-ameríndias.
Descargas
Citas
ARBEX, D. Holocausto brasileiro: vida, genocídio e 60 mil mortes no maior hospício do Brasil. São Paulo: Geração Editorial, 2013. 233 p.
ARTAUD, A. O teatro e o seu duplo. Trad. Teixeira Coelho. 3 ed. São Paulo: Editora Max Limonad Ltda, 1987. 226 p.
BRANCO, L. C. Palavra em ponto de P. In: Os absolutamente sós – Llansol – a Letra – Lacan. Belo Horizonte: Autêntica; FALE, 2000, p. 19-33.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Kafka- Por uma literatura menor. Trad. Júlio Castañon Guimarães. Rio de Janeiro: Imago Editora LTDA, 1977. 127 p.
EVARISTO, Conceição. Da grafia-desenho de minha mãe um dos lugares de nascimento de minha escrita. In: ALEXANDRE, M. A. Representações performáticas brasileiras: teóricas, práticas e suas interfaces. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2007, p. 16-21.
FEDERICI, S. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. Trad. Coletivo Sycora. São Paulo: Editora Elefante, 2017. 460 p.
FOUCAULT, M. História da loucura. Trad. José Teixeira Coelho. São Paulo: Editora Perspectiva, 1972. 608 p.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979. 174 p.
HENRIQUE, T. Fala proferida na roda de conversa Arte em Cena – Stella do Patrocínio, presente!. SESC, Rio de Janeiro, 10 de setembro 2021. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=unM1AhEjATM . Acesso em 29 de setembro 2021.
MARTINS, L. M. Performances da oralitura: corpo, lugar da memória. Língua e Literatura: Limite e Fronteiras, PPGL-UFSM, Santa Maria, n. 26, p. 63-81, 2003.
OITICICA, H. Aspiro ao grande labirinto. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. 134 p.
PIEDADE, V. Dororidade. São Paulo: Nós, 2017.
PONTES, A. C. P. Poesia é a nossa estrutura: árvore, luta e artevida. 2020. 105 f. Dissertação (Mestrado em Estudo de Linguagens). Programa de Pós-graduação em Estudo de Linguagens, Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2020.
PONTES, A. C. P. Naidna de Souza: a palavra des-a-linha, atravessa a margem e brinca sobre a encruzilhada. Revista Opiniães – Revista dos alunos de literatura brasileira - USP, São Paulo, n. 18, p. 430-447, 2021.
ROSÁRIO, A. B. do. Apud CHINALLI, Miriam. Arte, loucura e resistência na obra de Arthur Bispo do Rosário. Revista D.O. Leitura, 2003.
RUFINO, L.; SIMAS, L. A. Encantamento: sobre políticas de vida. Rio de Janeiro: Mórula, 2020. 33 p.
SARR, F. Afrotopia. Trad. Sebastião Nascimento. São Paulo: N-1 Edições, 2019. 155 p.
SOUZA, A. L. S. Letramentos de Reexistência: Culturas e Identidades no movimento Hip-Hop. 2009. 219 f. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009.
ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção e leitura. Trad. Jerusa Pires Ferreira e Suely Fenerich. São Paulo: Cosac Naify, 2007. 125 p.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Ana Carolina Pedrosa Pontes
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.