"Sou menos/Quando não sou líquida"

poética e imaginação simbólica em um poema de Alcóolicas (1989), de Hilda Hilst

Autores/as

  • Sandro Adriano da Silva UFSC/UNESPAR

DOI:

https://doi.org/10.14393/TES-v1n2-2019-47294

Palabras clave:

Poesia brasileira, Hilda Hilst, Alcoólicas, Poética, Imaginação simbólica

Resumen

Este artigo pretende uma análise do poema “I”, da obra Alcoólicas (1989), de Hilda Hilst, considerando os elementos de sua configuração poética e presença de uma imaginação simbólica em torno do elemento água em sua face etílica. A arquitetônica do poema e o imaginário fundem-se na captação e expressão da experiência de um sujeito poético solitário que margeia sentidos de dissolvência pela embriaguez da subjetividade lírica diante do imponderável existir. E ainda assim celebra a Vida. É nessa faixa criadora que se situa Alcoólicas, cujos poemas afirmam-se na ubiquidade do arquétipo água – desde sempre apontado como arké, fonte ou origem da vida e da morte – que os nutre no essencial, violento e ambíguo confluir da atividade imaginante da poeta.

 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

ALEXANDRIAN. História da literatura erótica. Tradução de Ana Maria Scherer e José Laurênio de Mello. Rio de Janeiro: Rocco, 1993

ANDRADE, Carlos Drummond de. Gilka, a antecessora. Jornal do Brasil, 18 de dezembro de 1980, p.7. Fonte: Biblioteca Nacional Digital / Hemeroteca Digital.

BACHELARD, Gaston. O ar e os sonhos: ensaio sobre a imaginação do movimento. Trad. Antonio de Pádua Danesi. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

____________. A poética do devaneio. Trad. Antonio de Pádua Danesi. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

BATAILLE, Georges. O erotismo. Trad. Fernando Scheibe. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.

BUENO, Aleixei. Antologia Pornográfica: de Gregório de Matos a Glauco Mattoso. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.

CHEVALIER, Jean;GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. Tradução, Vera da Costa e Silva... [et al.] 2. ed. (1ª. reimpressão). Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.

FARRA, Maria Lúcia Dal. O corpo insepulto de Florbela (apontamentos para a marginalidade feminina) In: Marginalidades femininas: a mulher na literatura e na cultura brasileira e portuguesa. Luciene Marie Pavanelo, Maria Cristina Pais Simon, Osmar Pereira Oliva, Paulo Motta Oliveira (Orgs.). – Montes Claros: Unimontes, 2017.

MACHADO, Gilka. Poesias Completas. Rio de Janeiro: Leo Christiano Editorial: FUNARJ, 1991.

MURARO, Rose Marie. Sexualidade da mulher brasileira. Petrópolis: Vozes, 1983.

PAZ, Octávio. O arco e a lira. Tradução de Ari Roitman e Paulina Wacht. São Paulo: Cosac Naify, 2012.

________. A dupla chama. Trad. Wladir Dupont. São Paulo: Siciliano,1994.

PINHEIRO, Maria do Socorro. O erotismo metafísico na poesia de Gilka Machado: símbolos do desejo. Fortaleza: EdUECE, 2019.

ROCHA, Zeferino. O desejo na Grécia Antiga. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2011.

SOARES, Angélica. A paixão emancipatória: vozes femininas da liberação do erotismo na poesia brasileira. Rio de Janeiro: DIFEL, 1999.

XAVIER, Elódia. Que corpo é esse? O corpo no imaginário feminino. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2007.

Publicado

2019-07-09

Cómo citar

SILVA, S. A. da. "Sou menos/Quando não sou líquida": poética e imaginação simbólica em um poema de Alcóolicas (1989), de Hilda Hilst. Téssera, [S. l.], v. 1, n. 2, p. 120–139, 2019. DOI: 10.14393/TES-v1n2-2019-47294. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/tessera/article/view/47294. Acesso em: 8 nov. 2024.

Número

Sección

Artigos