"Sou menos/Quando não sou líquida"

poética e imaginação simbólica em um poema de Alcóolicas (1989), de Hilda Hilst

Autores

  • Sandro Adriano da Silva UFSC/UNESPAR

DOI:

https://doi.org/10.14393/TES-v1n2-2019-47294

Palavras-chave:

Poesia brasileira, Hilda Hilst, Alcoólicas, Poética, Imaginação simbólica

Resumo

Este artigo pretende uma análise do poema “I”, da obra Alcoólicas (1989), de Hilda Hilst, considerando os elementos de sua configuração poética e presença de uma imaginação simbólica em torno do elemento água em sua face etílica. A arquitetônica do poema e o imaginário fundem-se na captação e expressão da experiência de um sujeito poético solitário que margeia sentidos de dissolvência pela embriaguez da subjetividade lírica diante do imponderável existir. E ainda assim celebra a Vida. É nessa faixa criadora que se situa Alcoólicas, cujos poemas afirmam-se na ubiquidade do arquétipo água – desde sempre apontado como arké, fonte ou origem da vida e da morte – que os nutre no essencial, violento e ambíguo confluir da atividade imaginante da poeta.

 

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Publicado

2019-07-09

Como Citar

SILVA, S. A. da. "Sou menos/Quando não sou líquida": poética e imaginação simbólica em um poema de Alcóolicas (1989), de Hilda Hilst. Téssera, [S. l.], v. 1, n. 2, p. 120–139, 2019. DOI: 10.14393/TES-v1n2-2019-47294. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/tessera/article/view/47294. Acesso em: 26 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos