O FEMININO MALDITO EM ANTICRISTO, DE LARS VON TRIER
UMA LEITURA A PARTIR DA TEORIA DO IMAGINÁRIO
DOI:
https://doi.org/10.14393/TES-v4n1-2021-63364Palavras-chave:
Anticristo, Lars von Trier, Imaginário, Feminino maldito, Mitos fundadoresResumo
Este ensaio propõe uma leitura do filme Anticristo, de 2009, escrito e dirigido por Lars von Trier, a partir da teoria do imaginário, entendida aqui a partir dos estudos de Durand (2012). Nesse movimento de leitura, este trabalho se aproxima metodologicamente da mitocrítica, embora não a estejamos seguindo à risca. O cinema é tomado enquanto uma tecnologia do imaginário, na medida em que mobiliza imagens e afetos. O filme escolhido é especial, pois opera numa lógica simbólica e imagética, psicanalítica, abandonando o “realismo” para dar lugar ao devaneio, ao sonho e às manifestações do inconsciente. A partir da análise, evidencia-se que regendo o filme encontra-se o imaginário de um feminino maldito herdado dos mitos fundadores judaico-cristãos (Lilith, Eva), que culmina, na Idade Moderna, na figura da bruxa.
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