O ESPAÇO DA CIDADE COMO EXPRESSÃO DO ABANDONO NA OBRA DE FRANCISCO ESPINHARA

Autores

  • Jordy Dantas Maia UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
  • José Eduardo Martins de Barros Melo Universidade Federal de Rondônia

DOI:

https://doi.org/10.14393/TES-v2n1-2019-50431

Palavras-chave:

Abandono, Cidade, Francisco Espinhara, Poesia, Pessimismo

Resumo

Neste artigo analisa-se de que forma se constrói o estilo pessimista de Francisco Espinhara no que diz respeito às relações que sua linguagem estabelece com o mundo contemporâneo das cidades. Trata-se aqui de um estudo que pretende investigar o abandono e o espaço como recortes e marcas de uma obra cuja expressão advém da diluição do homem em suas infinitas possibilidades de solidão e isolamento frente à concretude impassível do espaço em que se insere. Acrescente-se a isso que esta obra foi escrita na efervescência do Movimento dos Escritores Independentes de Pernambuco, que em sua produção literária se identifica com o sentimento da urbe em sua intimidade. O trabalho, de cunho bibliográfico, toma como princípios as ideias de autores que trazem a marca do pessimismo e do niilismo enquanto elementos de suporte da linguagem poética do autor, entre eles, Friedrich Wilhelm Nietzsche e Arthur Schopenhauer e o teórico da lírica moderna Hugo Friedrich. Investiga-se de forma o autor se volta para uma obsessão incidente em sua própria existência na busca por algo que possa amparar sua solidão e sua angústia, vinculando-se a temas voltados para a poesia lírica do final do século XIX e início do século XX. Neste sentido, inserem-se o olhar de Mikhail Bakhtin e Gaston Bacherlard, enquanto aportes que sustentam parte das nossas reflexões no que diz respeito às vozes que encontramos no sujeito e suas relações com o espaço com o qual se relaciona.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BOSI, Alfredo. O ser e o tempo da poesia. 8. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Tradução de Maria Ermantina Galvão G. Pereira. 2. ed. São Paulo: MARTINS FONTES. 1997.

ESPINHARA, Francisco. A Poesia Possível. 1. ed. Recife: Claranan, 2017.

FRIEDICH, Hugo. Estrutura da lírica moderna: da metade do século XIX e meados do século XX. Trad. Marise M. Curisone. São Paulo: Duas cidades, 1978.

MARTINS, Eduardo. O espaço da alma em Francisco Espinhara. Porto Velho: UNIR, 2016.

NIETZSCHE, Friedrich. A origem da tragédia. Trad. José Joaquim de Faria. São Paulo: centauro, 2004.

__________. Além do bem e do mal ou prelúdio de uma filosofia do futuro. Trad. Márcio Pugliesi, Universidade de São Paulo, 2001.

PAZ, Octavio. O labirinto da solidão e post scriptum. Tradução de Eliane Zagury. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984.

POE, Edgar Allan. O Homem da Multidão. Tradução publicada na Revista da Semana, em sua ed. de 7 de novembro de 1942.

ROAS, David. A ameaça do fantástico – aproximações teóricas. São Paulo: UNESP, 2013.

SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Tradução de Jair Barboza. São Paulo: UNESP, 2005.

SANCHES, Maria Elizabete e Melo, José Eduardo Martins de Barros. Movimento dos escritores independentes de Pernambuco: história e produção literária. Porto Velho, RO: 2019.

_________. À memória dos esquecidos: história e produção do MEIPE. UNIR, 2015.

_________. À margem do cânone: história e produção do movimento dos escritores independentes de Pernambuco. UNIR, 2014.

_________. Os limites da dor em Francisco Espinhara. UNIR, 2015.

Downloads

Publicado

2019-12-17

Como Citar

DANTAS MAIA, J.; DE BARROS MELO, J. E. M. . O ESPAÇO DA CIDADE COMO EXPRESSÃO DO ABANDONO NA OBRA DE FRANCISCO ESPINHARA. Téssera, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 156–175, 2019. DOI: 10.14393/TES-v2n1-2019-50431. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/tessera/article/view/50431. Acesso em: 26 dez. 2024.