Saúde mental dos povos indígenas

Fissuras necessárias nas concepções hegemônicas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/RFADIR-51.1.2023.67995.257-278

Palavras-chave:

Saúde Mental Indígena, Suicídio Indígena, Epistemologias Decoloniais

Resumo

O Ministério da Saúde afirma que a taxa de mortalidade por suicídio entre indígenas é quase o triplo da média nacional. Movido pelo alarmante número o presente estudo teórico aborda a temática da saúde mental que se apresenta como desafio no contexto dos povos indígenas. Assim, objetiva-se esboçar outras concepções de saúde, forjadas a partir das cosmologias e dos modos de vida dos povos tradicionais. Por meio de pesquisa bibliográfica baseada numa literatura de autores indígenas em diálogo com outros pensadores, buscou-se mapear tais concepções e suas interlocuções com a saúde mental. Numa perspectiva decolonial, reconhecemos a impossibilidade de generalizar este problema, visto a inexistência de uma figura do “índio genérico”, almeja-se uma compreensão plural desse fenômeno, que leve em conta os atravessamentos que o compõem: principalmente a relação desses povos com a terra e a luta por ela. Deste modo, essa problemática se apresenta como grande desafio para os profissionais de saúde, que muitas vezes guiados por uma visão biomédica fecham-se às especificidades desses povos. Mais do que apontar soluções para o problema, propomos a importância de criar espaços que possam fomentar a discussão junto à comunidade, como uma aposta ética que considere as singularidades desses povos.

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Biografia do Autor

Mauro Macedo Campos, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

Professor e pesquisador associado da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), trabalhando em conjunto com o Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política (PPGSP). Pós-Doutor em Ciência Política pela UNICAMP. Doutor em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Ciências Sociais: Gestão de Cidades. Especialista em Saúde Pública/Auditoria de Sistemas de Saúde.

Rafaela Werneck Arenari Martins, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

Doutoranda em Sociologia Política pela Universidade do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), bolsista da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Mestra em Psicologia Institucional pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (UNESA). Graduada em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Docente do Curso de Psicologia da Universidade Estácio de Sá (UNESA).

Aida Brandão Leal, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutoranda em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Mestra em Psicologia Institucional pela UFES. Especialista em Educação, Pobreza e Desigualdade Social pela UFES. Graduada em Serviço Social pela UFES.

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Publicado

2023-08-07

Como Citar

Macedo Campos, M., Werneck Arenari Martins, R., & Brandão Leal, A. (2023). Saúde mental dos povos indígenas: Fissuras necessárias nas concepções hegemônicas. Revista Da Faculdade De Direito Da Universidade Federal De Uberlândia, 51(1), 257–278. https://doi.org/10.14393/RFADIR-51.1.2023.67995.257-278