O corpo como objeto da era farmacopornográfica, sob uma perspectiva de oferta de muiraquitãs modernos, “feminismizante”, “neomasculinizante” e “decolonializante”, partindo do conceito de massa dupla de Canetti

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/RFADIR-51.1.2023.68486.771-802

Palavras-chave:

Sociologia do corpo, Farmacopornografia, Decolonialidade, Novas masculinidades, Condição feminina e dominação

Resumo

Tomando-se em conta a apropriação do corpo da mulher como uma forma de dominação e subjugação ao longo da história, o feminismo surgiu como uma resposta ao poder exercido pelo homem, que se fez soberano atrav-és da lei e dos processos de organização e ordenação social, sendo este corpo apreendido e manipulado através do tempo, da modernidade, da pós-modernidade, objetificado pela farmacopornografia, numa vertente, e que pode ser observada de um ponto de vista mais “feminismizado” e “decolonializado” para fincar a bandeira do objeto do presente estudo, além de “neomasculinidativizante”, em alusão aos estudos de novas masculinidades. No presente estudo, a hipótese é a verificação de se estas escolas puderam combater e desconstruir as formas de controle lançadas pelo capitalismo e, a seu turno, como terá ele que lidar com as novas

corporeidades, concluindo-se que o caminho evolutivo ainda é muito truncado, lembrando-se de composições diferenciadas de sociedade como a lenda (ou não) amazônica na qual mulheres indígenas se escalonam em uma comunidade exclusivamente composta por elas, escolhendo parceiros de tribo vizinha apenas para procriação (uso específico do corpo masculino), presenteando-os com amuletos conhecidos como muiraquitãs. Para tanto, foi utilizada a revisão bibliográfica de textos clássicos da sociologia do corpo e a consulta de textos científicos que tratam das novas temáticas abordadas.

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Biografia do Autor

Sandra Vania Jurado Vidal Torreão, UFF

Larga experiência como advogada civilista. Ex-Assessora do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Ex-Juíza Leiga do TJRJ. Doutoranda em Sociologia e Direito, pela UFF. Mestre em História do Brasil. Mestranda em Administração Pública. Especialista em Direito Processual Civil, Empresarial, em Formação para a Carreira da Magistratura Estadual (EMERJ), Direito Civil (em finalização). Pós-graduanda em Direito Militar. Pós-graduanda em Advocacia Feminista e os Direitos da Mulher. Professora-tutora de EAD-CEDERJ/UFF, no Curso de Tecnólogo em Segurança Pública - Disciplina Justiça e Formas Alternativas de Solução de Conflitos. Professora de Direito Processual Civil e Direito do Consumidor. Membro da Comissão de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da OAB/RJ - Niterói e do Grupo de Trabalho de Enfrentamento à Violência de Gênero da Comissão OAB Mulher-RJ. Pesquisadora nas áreas de formas alternativas de solução de conflitos, segurança pública e cidadania feminina, com publicação de artigos científicos e capítulos de livros. Autora do livro “Entre telas manchadas e imaculadas – a Lei do Divórcio na Primeira República e a luta pela cidadania feminina”, Editora Sagga, 2019. Palestrante, colunista e poetisa. ORCID n: 0000-0002-2909-937X. 

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Publicado

2023-08-03

Como Citar

Jurado Vidal Torreão, S. V. (2023). O corpo como objeto da era farmacopornográfica, sob uma perspectiva de oferta de muiraquitãs modernos, “feminismizante”, “neomasculinizante” e “decolonializante”, partindo do conceito de massa dupla de Canetti. Revista Da Faculdade De Direito Da Universidade Federal De Uberlândia, 51(1), 771–802. https://doi.org/10.14393/RFADIR-51.1.2023.68486.771-802