Buen Vivir
da harmonia com a natureza como fundamento central da plurinacionalidade
DOI:
https://doi.org/10.14393/RFADIR-51.1.2023.68795.136-166Palavras-chave:
Estado Plurinacional, Bem-viver, Desenvolvimentismo, NaturezaResumo
O Século XX, mais do que todos os outros, dentre outras façanhas, apresentou como essência basilar um forte paradoxo. Não seria possível servir a Economia e ao Meio Ambiente ao mesmo tempo. Com a agitação do Capital, os recursos naturais serviram de combustível para o desenvolvimento. Nada obstante o enriquecimento de uns poucos frente a miséria da imensa maioria de tantos outros, assistiu a humanidade uma célere destruição de sua morada, da sua casa. Também a figura do Estado Moderno, rigorosamente excludente, unívoco e padronizador, passou a exibir notáveis rachaduras em sua estrutura. Para fazer frente a tal ímpeto, o conhecimento outrora silenciado dos povos originários latino-americanos passaram a ocupar o interesse de estudiosos (as) de matriz decolonial, colocando no papel o que se entende por Estado Plurinacional. Conceitualmente aberto e decididamente plural, a plurinacionalidade apresenta como um de seus principais fundamentos a filosofia do Bem Viver. O presente artigo, sem a menor pretensão de esgotar o tema, buscará desnudar as premissas fundamentais que circundam tal proposta, expondo a crise ambiental causada pela predatória lógica desenvolvimentista e alarmando a necessidade de pensar a Natureza, casa comum de todos os povos, como verdadeiro sujeito de direitos. Sob a égide de pensadores como Alberto Acosta, Ailton Krenak, Vanessa Hasson, Anibal Quijano, dentre outros(as), buscar-se-á visualizar a ideia de um Estado em necessária e definitiva harmonia com a Natureza.
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