Teoria da colonialidade do poder e a epistemologia/gnosiologia pluriversal
DOI:
https://doi.org/10.14393/RFADIR-51.1.2023.68082.50-75Palavras-chave:
Colonialidade do poder, Padrão mundial de poder, Epistemologia/gnosiologia pluriversalResumo
A colonialidade, conforme Rita Segato (2021), é uma das quatro teorias criadas na América Latina que furou a bolha da ciência ocidentalocêntrica. Foi elaborada pelo filósofo peruano Aníbal Quijano há cerca de 30 anos. Não apenas colocou sob rasura a hegemonia da modernidade, como tem provocado mudanças substanciais nas Ciências Sociais e Humanas. Neste estudo, a pretensão é evidenciar a epistemologia/gnosiologia pluriversal como desdobramento da decolonialidade na perspectiva do giro decolonial. Para tanto, o suporte teórico-metodológico adotado é o da genealogia decolonial. Por ele é possível, entre outros aspectos, dar visibilidade aos sujeitos, conhecimentos e práticas que foram subalternizados pelo violento processo colonizador deste continente. O giro paradigmático proposto por Quijano, ao criar a teoria da colonialidade do poder foi tomado como referência tanto para desvelar o padrão mundial de poder, próprio da colonialidade/modernidade, como para suportar a proposta da epistemologia/gnosiologia decolonial. Por esta seara, Mignolo (2016) propõe a emergência de novos loci de enunciação, ou seja, um giro decolonial em favor de epistemologias/gnosiologias pluriversais. Os horizontes epistêmicos decoloniais abertos com a teoria da colonialidade e em voga no giro decolonial têm contribuído para a emergência de novas epistemologias/gnosiologias não mais submetidas as hierarquias da ciência colonial/moderna, mas aos saberes que vêm da “própria vida”, como observa Mignolo (2021, p. 561).
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