Jornalismo e a falta de tempo: como a pressa na produção pode impactar o histórico papel de mediação
DOI:
https://doi.org/10.14393/par-v7n2-2022-65973Palavras-chave:
Jornalismo, Mediação, TempoResumo
O artigo discute os impactos da crise de tempo na produção jornalística, cada vez mais alinhada ao atual fluxo frenético e superficial da internet. Nesse sentido, a falta de investimento da força de trabalho em conteúdos com maior profundidade e contextualização enfraqueceria o histórico papel de mediação jornalística, e sua capacidade de divulgação de informações vinculadas a uma noção de longa duração. A partir da colaboração teórica de distintos autores que se debruçam sobre o tema, o texto discute como a desaceleração e o distanciamento de um chamado jornalismo declaratório poderiam ser um caminho de reencontro com a história da profissão e em direção a um futuro possível.
Downloads
Referências
BENETTI, Marcia. Revista e jornalismo: conceitos e particularidades. In: TAVARES, Frederico; SCHWAAB, Reges (org.). A revista e seu jornalismo. Porto Alegre: Penso, 2013, p. 44‐57.
BERGAMO, Alexandre. “Reportagem, memória e história no jornalismo brasileiro”. Mana: Estudos de Antropologia Social, v. 17, n. 2, p. 233-269, 2011. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/226701.
BERGER, Christa. Campos em confronto: a terra e o texto. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2003.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
CASTILHO, Carlos. “Apertem os cintos: estamos entrando na era da pós-verdade”. Observatório da Imprensa, 28 set. 2016. Disponível em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/imprensa-em-questao/apertem-os-cintos-estamos-entrando-na-era-da-pos-verdade/. Acesso em: 17 maio 2020.
FOUCAULT, Michel. “A ordem do discurso”. Aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. Trad. Laura Fraga de Almeida Sampaio. São Paulo: Edições Loyola, 2012.
FRANCISCATO, Carlos Eduardo. A atualidade no jornalismo: bases para sua delimitação teórica. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2003. Disponível em: http://poscom.tempsite.ws/wp-content/uploads/2011/05/Carlos-Eduardo-Franciscato.pdf. Acesso em: 24 jan. 2017.
GERK, Cristine. Jornalismo e público: reconfigurações no contexto digital. WhatsApp do Extra como ferramenta histórico-tecnológica. Dissertação (Mestrado) – Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.
GERK, Cristine. (Re)parem (n)as máquinas. Jornalismo, memória e testemunho em novas leituras do século XXI. Tese (Doutorado) - Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.
HARVEY, David. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo: Loyola, 1992.
KEYES, Ralph. The post-truth era: dishonesty and deception in contemporary life. Nova York: St. Martin Press, 2004.
RÊGO, Marília Gabriela Silva. Jornalismo independente na cobertura política: The Intercept Brasil e o processo do impeachment de Dilma Rousseff. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019.
SPINELLI, Egle M.; SANTOS, Jéssica de A. “Jornalismo na era da pós-verdade: fact-checking como ferramenta de combate às fake News”. Observatório, v. 4, n. 3, p. 759-782, 29 abr. 2018.
SODRÉ, Muniz. A narração do fato: notas para uma teoria do acontecimento. Petrópolis: Vozes, 2009.
SODRÉ, Muniz; PAIVA, Raquel. “Informação e boato na rede”. In: SILVA, Gislene et al. (orgs.). Jornalismo contemporâneo: figurações, impasses e perspectivas. Salvador: EDUFBA; Brasília: Compós, 2011. p. 21-32.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
