MOBILIDADE INTERESTADUAL PARA TRATAMENTO DE CÂNCER DE PELE NA REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL: UM ESTUDO ECOLÓGICO DE SÉRIE TEMPORAL
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia73368Palavras-chave:
Neoplasias cutâneas, Sistemas de Informação em Saúde, Acesso aos Serviços de Saúde, Centro-Oeste do BrasilResumo
Este estudo tem como objetivo caracterizar os fatores clínicos, de assistência à saúde e demográficos de residentes da região centro-oeste do Brasil diagnosticados com câncer de pele, para compreender os deslocamentos interestaduais realizados para receber o primeiro tratamento da doença no Sistema Único de Saúde (SUS). Foi realizado um estudo ecológico analítico de série temporal, que analisou características do atendimento à população no período de 2008-2018, usando a base de dados dos Registros Hospitalares de Câncer e do Sistema de Informações de Mortalidade. As medidas de associação entre as variáveis foram realizadas utilizando os testes de Fisher e de Qui-quadrado. 42,2% dos casos registrados foram encaminhados para outra Unidade Federativa (UF) para realizar o primeiro tratamento, 77,9% dos casos registrados em Goiás iniciaram tratamento em outra UF, e quase todos os casos do DF realizaram o primeiro tratamento na mesma UF. Goiás (77,3%) e Mato Grosso (42,5%) foram os estados que mais encaminharam usuários para outra UF, e São Paulo a que mais recebeu usuários. A mortalidade por câncer de pele aumentou 44% nesse período, principalmente em Goiás e Mato de Grosso do Sul. Os resultados destacam variáveis associadas a deficiência na assistência oncológica na região, que requerem estratégias para maior acessibilidade aos tratamentos.
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