ANÁLISE SÓCIO-ESPACIAL DAS DOENÇAS RELACIONADAS AO SANEAMENTO AMBIENTAL NOS MUNICÍPIOS FLUMINENSES
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia16054730Palavras-chave:
Saneamento, Saúde Ambiental, Geoprocessamento, EstatísticaResumo
A distribuição desigual da infraestrutura de saneamento nos municípios brasileiros propicia que a proliferação de determinadas doenças atinja grupos populacionais de forma diferente. Esse trabalho objetiva analisar as relações entre as condições sanitárias e a saúde ambiental no estado do Rio de Janeiro, no período de 2007 a 2014. Para isso foram utilizados indicadores de saneamento do Censo Demográfico de 2010 relacionados às condições de infraestrutura dos domicílios particulares permanentes atendidos por abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo. Dados sobre as doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado, como a dengue e a hepatite, foram obtidos no DATASUS. Foram aplicadas técnicas de geoprocessamento, de estatística descritiva e de análise multivariada. Observou-se que a dengue apresentou número de ocorrências mais elevado em relação à hepatite, no entanto a primeira apresentou oscilação interanual dos números de casos, enquanto as ocorrências da hepatite exibiram tendência de crescimento no período estudado. A dengue e a hepatite apresentaram maior correlação com a renda média domiciliar mensal, enquanto a hepatite revelou também correlação com os domicílios particulares permanentes com fossa séptica. Por fim, conclui-se que, com os procedimentos metodológicos aqui utilizados, foi possível compreender a distribuição espacial das doenças e seu relacionamento com os indicadores sócios sanitários. Desta forma, podem auxiliar no mapeamento dos riscos e, assim, na adoção de políticas públicas de saúde.