ESTUDO SOBRE A INFLUÊNCIA DE VARIÁVEIS METEREOLÓGICAS NOS CASOS DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS EM LAGES – SC

Autores

  • Daiane Teixeira Schier Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Mayara Rafaeli Lemos Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Claudia Guimarães Camargo Campos Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Josiane Teresinha Cardoso Universidade do Estado de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.14393/Hygeia153146311

Palavras-chave:

Animais peçonhentos, Temperatura, Precipitação.

Resumo

A incidência de acidentes por animais peçonhentos se constitui como a segunda causa de notificação epidemiológica no Brasil. Em 2016, do total de casos notificados, 16% correspondem à região sul. Sendo assim, com o objetivo de analisar a possível relação entre os fatores meteorológicos e os casos de notificação de acidentes por animais peçonhentos no município de Lages-SC entre os anos de 2011 a 2017, buscou-se dados a respeito do número de notificações, além de informações sobre a precipitação e temperatura do ar para o período de interesse. As informações relativas aos casos de acidentes por animais peçonhentos foram obtidas pelos indicadores compulsórios do SINAN, enquanto que os dados meteorológicos foram fornecidos pela EPAGRI/CIRAM. O coeficiente de correlação de Pearson foi calculado utilizando-se o software Excel, em que se verificou que os acidentes por animais peçonhentos apresentaram correlação com a temperatura do ar para todos os anos de estudo, sendo o coeficiente mais alto obtido para o ano de 2013 (r = 0,75). Além disso, os casos possuem maiores frequências para janeiro, sente este  o mês com temperatura média do ar mais elevada. Dessa forma, torna-se evidente que medidas de cunho preventivo necessitam ser tomadas para diminuir os registros de acidentes por animais peçonhentos, principalmente nos meses de temperaturas mais altas, em que a população possui maior risco de contato com os mesmos e, portanto, deve ser alertada para tomar maiores precauções neste período.

Downloads

Biografia do Autor

  • Daiane Teixeira Schier, Universidade do Estado de Santa Catarina
    Discente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC
  • Mayara Rafaeli Lemos, Universidade do Estado de Santa Catarina
    Discente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC
  • Claudia Guimarães Camargo Campos, Universidade do Estado de Santa Catarina
    Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC
  • Josiane Teresinha Cardoso, Universidade do Estado de Santa Catarina
    Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC

Referências

ANDRADE, K. M. Climatologia e Comportamento dos Sistemas Frontais sobre a América do Sul. Dissertação de Mestrado em Meteorologia, INPE -14056-TDI/1067, 2007.

BRAGA, M F S; KRUSCHE, N. Padrão de Ventos em Rio Grande, RS, no período de 1992 a 1995. Revista Atlântica, Rio Grande, v. 22, p. 27-40, 2000.

BRASIL. Ministério da Saúde. Acidente por animais peçonhentos - Notificações registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN Net.

BRAZIL T. K. et al. Escorpiões de importância médica do Estado da Bahia, Brasil. Gaz. Med. Bahia. v.79, n.1, p. 38-42, 2009.

BRITTO, F. P.; SARAIVA, J. M. B. Estudo da Precipitação Associada aos sistemas frontais na cidade do Rio Grande na estação de Inverno. Geografia em Atos, UNESP-Presidente Prudente, v. 1, n. 3, p. 107-122, 2001.

BUSATO, M. A. et al.

CARVALHO, L. M. V; JONES, C.; LIEBMANN, B. The South Atlantic convergence zone: Intensity, form, persistence, and relationships with intraseasonal to interannual activity and extreme rainfall. Journal of Climate, v. 17, p. 88

Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina - CIATox/SC. Acidentes em humanos por Animais Peçonhentos (Espécie) no Município de Lages - SC, registrados no Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina, 2018.

CHAGAS, F. B.; D

FISZON, J. T.; BOCHNER R. Subnotificação de acidentes por animais peçonhentos registrados pelo SINAN no estado do Rio de Janeiro no período de 2001 a 2005. Ver bras epidemiol. v. 11, n. 1,p. 114-127, 2008.

FERRAZ, S. E. T. Variabilidade Intrasazonal da Precipitação sobre o Sudeste Brasileiro. Tese de Doutorado em Meteorologia, Instituto de Astronomia, Geofisica e Ciências Atmosféricas, IAG-USP, 2004.

FREITAS, S. M.; OLIVEIRA, M. L. C. Desastres naturais e saúde: uma análise da situação do Brasil. Ciênc. Saúde coletiva, v. 19, n. 9, 2014.

GUHA-SAPIR, D. et al. Annual Disaster Statistical Review 2011: the numbers and trends. CRED, Brussels, 2012.

HASS, J. et al. Acidentes com aranhas do gênero Loxosceles spp. em Laranjeiras do Sul

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística. Infográficos: dados gerais do município. 2017.

INSTITUTO BUTANTAN. Acidentes por animais peçonhentos. São Paulo,

LEMOS, J. C. et al. Epidemiologia dos acidentes ofídicos notificados pelo Centro de Assistência e Informação Toxicológica de Campina Grande (Ceatox-CG), Paraíba. Revista Brasileira de Epidemiologia. v. 12, n.1, p.50-59, 2009.

LEOBAS, G. F.; FEITOSA, S. B.; SEIBERT, C. S. Acidentes por animais peçonhentos no estado do Tocantins: Aspectos clínico- epidemiológicos. Revista Interdisciplinar da Universidade Federal do Tocantins. v. 2 n.2. p.269-282, 2016.

LIMA, J.S. et. al. Perfil dos acidentes ofídicos no norte do Estado de Minas Gerais, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. v. 42, n. 5, p.561-564, 2009.

MESCHIAL, W. C. et al. Internações hospitalares de vítimas de acidentes por animais peçonhentos. Rev Rene. v. 14, n.2, p.311-319, 2013.

MISE, Y. F. Acidentes ofídicos notificados no Nordeste Brasileiro, 2000-2006. Salvador. 2009. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2009.

Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância epidemiológica. Manual de controle de escorpiões. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2009.

Ministério da saúde.

Ministério da Saúde (BR). Fundação Nacional de Saúde. Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos. 2ª ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2011.

Ministério da Saúde (BR). Secretaria Executiva. Datasus. Acesso à base de dados do Sistema de Informação Hospitalar [Internet], 2018.

OLIVEIRA, H. F. A.;

PANDOLFO, C. et al.

RAO, V. B.; HADA K. Characteristcs of Rainfall over Brazil Annual Variations and Connections with the Southern Oscillation. Theoretical and Applied Climatology, v. 42, p. 81-91, 1990.

ROMANO-HOGE, S. A. R. W. L. Principais serpentes de interesse médico. Reconhecimento. Distribuição geográfica no continente americano. In: SOERENSEN, B. Acidentes por animais peçonhentos, reconhecimento, clínica e tratamento. São Paulo, SP. p.1-45, 2002.

RODRIGUES, M. L. G.; FRANCO, D.; SUGAHARA, S. Climatologia de Frentes Frias no Litoral de Santa Catarina. Revista Brasileira de Geofísica, v.22, n. 2, p. 135-151, 2004.

SANTOS, C. F.; TORNQUIST, C. C.; MARIMON, M. P. C.

ROCHA, L. R. R. Perfil de adoecimento de trabalhadores rurais no interior do estado de São Paulo. Ciênc Cuid Saúde. v. 9, n. 4, p.713-720, 2010.

SANTOS, D.; FILHO, M. R. T.

SELEGHIM M. R. et al. Acidentes por serpentes e utilização de soroterapia antipeçonhenta. Arq Ciênc Saúde Unipar. V. 15, n.2, p.141-148, 2011.

Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas - Sinitox. Casos Registrados de Intoxicação Humana por Agente Tóxico e Centro. Região Sul, 2009. Rio de Janeiro: Sinitox; 2011.

SOUZA, R. F.; NASCIMENTO,

WALDEZ, F.; VOGT, R. Aspectos ecológicos e epidemiológicos de acidentes ofídicos em comunidades ribeirinhas do baixo rio Purus, Amazonas, Brasil. Acta Amazônia. v. 39, n.3, p.681-692, 2009.

ZANELLA, N.; CECHIN, S. Z. Influência dos fatores abióticos e da disponibilidade de presas sobre comunidade de serpentes do Planalto Médio do Rio Grande do Sul. Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, v.99, n.1, p.111-114, 2009.

XAVIER, V. Serpentes da Mata Atlântica - guia ilustrado para a Serra do Mar. Phyllomedusa: Journal of Herpetology, v.1, n. 2, p.113-114, 2002.

Downloads

Publicado

05-07-2019

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

TEIXEIRA SCHIER, Daiane; RAFAELI LEMOS, Mayara; GUIMARÃES CAMARGO CAMPOS, Claudia; CARDOSO, Josiane Teresinha. ESTUDO SOBRE A INFLUÊNCIA DE VARIÁVEIS METEREOLÓGICAS NOS CASOS DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS EM LAGES – SC. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 15, n. 31, p. 43–55, 2019. DOI: 10.14393/Hygeia153146311. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/46311. Acesso em: 2 abr. 2025.