ANÁLISE ESPACIAL E EPIDEMIOLÓGICA DE HEPATITES B E C E ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL, NO ESTADO DO PARÁ

Autores

  • Nelson Veiga Gonçalves Universidade Federal Rural da Amazônia, Instituto Ciberespacial, Belém, Pará, Brasil/ Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento de Saúde Comunitária, Laboratório de Epidemiologia e Geoprocessamento, Belém, Pará, Brasil
  • Dayseanne Costa Vieira
  • Claudia do Socorro Carvalho Miranda
  • Vera Regina da Cunha Menezes Palácios
  • Simone Beverly Nascimento da Costa
  • Juan Andrade Guedes
  • Bruno de Oliveira Santos
  • Rodrigo Junior Farias da Costa
  • Sheila Cristina Martins e Silva
  • Rafael Aleixo Coelho de Oliveira

DOI:

https://doi.org/10.14393/Hygeia153146170

Palavras-chave:

Hepatite B, Hepatite C, Epidemiologia, Análise Espacial.

Resumo

Considerando as hepatites B e C um grave problema de saúde pública no Brasil, este estudo objetivou analisar a distribuição espacial e socioeconômica destas doenças, nos municípios atendidos por três Centros Regionais de Saúde (CRS), da Secretaria de Saúde Pública do Estado do Pará, de 2010 a 2014. Foi realizado um estudo descritivo e transversal com dados  do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As análises epidemiológicas mostraram que o 1º CRS notificou maior número de casos, sobretudo em 2012 e 2014. O perfil dos indivíduos mais acometidos foi sexo masculino (58,9%), pardos (65,1%), adultos (65,6%), baixa escolaridade (27,3%) e residentes em zona urbana (93,0%). Os fatores de riscos mais significativos nos três CRS foram as doenças sexualmente transmissíveis e uso de medicamentos injetáveis. A análise espacial entre os parâmetros do IDHM e da taxa de incidência mostrou uma autocorrelação inversa entre essas duas variáveis. Foi observado que áreas com IDHM médio e baixo apresentaram altas taxas de incidência. As análises geradas foram eficazes para construir um cenário epidemiológico contextualizado das hepatites B e C. Ressaltamos a necessidade de expansão de programas de controle destas doenças nas áreas estudadas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nelson Veiga Gonçalves, Universidade Federal Rural da Amazônia, Instituto Ciberespacial, Belém, Pará, Brasil/ Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento de Saúde Comunitária, Laboratório de Epidemiologia e Geoprocessamento, Belém, Pará, Brasil

Epidemiologista, e Tecnólogo em Processamento de Dados. Professor Adjunto da Universidade Federal Rural da Amazônia, Instituto Ciberespacial, Belém, Pará, Brasil/ Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento de Saúde Comunitária, Laboratório de Epidemiologia e Geoprocessamento, Belém, Pará, Brasil

Referências

ALAVIAN, S. M.; TAHERI, S. A Global Perspective on the Intrafamilial Transmission of Hepatitis B Virus Infection. International Journal of Travel Medicine and Global Health, Irã, v. 3, n. 1, p. 1-4, 2012. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/257983808_A_Global_Perspective_on_the_Intrafamilial_Transmission_of_Hepatitis_B_Virus_Infection>. Acesso em: 20 jun. 2017.

ALVES, M. R. et al. Perfil epidemiológico dos casos de hepatite C em uma diretoria regional de saúde da Bahia. Revista de Pesquisa: Cuidar é Fundametal, Rio de Janeiro, v. 6, n. 3, p. 1-7, 2014. Disponível em: <http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/3299/pdf_1327>. Acesso em: 12 mar. 2017.

AQUINO, J. A. et al. Soroprevalência de infecções por vírus da hepatite B e vírus da hepatite C em indivíduos do Estado do Pará. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Uberaba, v. 41, p. 334-337, 2008.

ALTER, M. J. Preventionof spread of hepatitis C. Hepatology, New York, v. 36, n. 5, p. 1-5, 2002. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12407581>. Acesso em: 07 jun. 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico Hepatites Virais. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

BENSABATH, F.; LE

BRASIL. Ministério da Saúde. A, B, C, D, E de hepatites para comunicadores. 1 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

______. Ministério da Saúde. Doenças infecciosas e parasitárias. Guia de bolso, 8 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

______. Ministério da Saúde. Informe da Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

______. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e Coinfecções. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

______. Ministério da Saúde. Boletim epidemiológico: hepatites virais. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

CASTELO, A. et al. Estimativas de custo da hepatite crônica B no Sistema

CARVALHO, J. R. et al. Método para estimação de prevalência de hepatites B e C crônicas e cirrose hepática

CAVALHEIRO, N. P. Sexual transmission of hepatitis C. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Uberaba, v. 49, n. 5, p. 1-6, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rimtsp/v49n5/a01v49n5.pdf>. Acesso em: 12 mar. 2017.

COSTA J

DIOGO, F. V. et al. Estudo da soroprevalência da infecção pelo vírus da hepatite B entre os doadores de sangue do Núcleo Hemoterápico da Santa Casa de Alfenas (Alfenas/MG) por meio do marcador anti-HBc. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde, Espirito Santo, v. 14, n. 2, p. 1-9, 2012. Disponível em: <http://periodicos.ufes.br/RBPS/article/view/4188/3312>. Acesso em: 09 abr. 2017.

FERREIRA, C. T.; SILVEIRA, T. R. Hepatites virais: aspectos da epidemiologia e da prevenção. Revista Brasileira de Epidemiologia, Rio de Janeiro, v. 7, n. 4, p. 1-5, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v7n4/10.pdf>. Acesso em: 17 jun. 2017.

GON

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. SIRGAS. Rio de Janeiro: IBGE, 2017.

_____. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.

LOPES, T. G. S. L.; SCHINONI, M. I. Aspectos gerais da hepatite B. Revista de Ciências Médicas e Biologicas, Salvador, v. 10, n. 3, p. 1-8, 2011. Disponível em: <https://portalseer.ufba.br/index.php/cmbio/article/view/5899/4251>. Acesso em: 18 jun. 2017.

KASSOUF, A. L. Acesso aos serviços de saúde nas áreas urbana e rural do Brasil. Revista de Economia e Sociologia Rural, Brasilia, v. 43, n. 1, p. 1-15, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/resr/v43n1/25834.pdf>. Acesso em: 17 jun. 2017.

KUBOCA, K. Análise do tratamento das hepatites virais B e C nos usuários atendidos pelo Sistema único de saúde no estado do Amapá. 37 f. 2010. Dissertação (Ciências Farmaceuticas) - Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto; 2010.

KUBOTA K, CAMPOS MSA, PEREIRA LRL. Análise da assistência à saúde aos pacientes com hepatites virais B e C no estado do Amapá. Revista de Ciência Farmacêutica Básica Aplicadas, São Paulo, v. 35, n. 4, p. 1-8, 2014. Disponível em: <http://serv-bib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/Cien_Farm/article/viewFile/3199/3199>. Acesso em: 16 mai. 2017.

MARGREITER, S. et al. Estudo de prevalência das hepatites virais b e c no município de Palhoça

MORAIS, E. P.; RODRIGUES, R. A. P.; GERHARDT, T. E. Os idosos mais velhos no meio rural: realidade de vida e saúde de uma população do interior gaúcho. Texto contexto

OLIVEIRA, A. C. D. S.; FOCACCIA, R. Levantamento das hepatites B e C controle de infecção: procedimentos em instalações de manicure e pedicure em São Paulo, Brasil. Brazilian Journal of Infectious Diseases, Salvador, v. 14, n. 5, p. 502-507, 2010.

OLIVEIRA, S. A. N. et al. A window of opportunity: declining rates of hepatitis B virus infection among injection drug users in Rio de Janeiro, and prospects for targeted 95 hepatitis B vaccination. Revista Panamericana de Salud Publica, São Paulo, v. 18, n. 4, p. 1-6, 2005. Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v18n4-5/28089.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2017.

OMS. Organização Mundial da Saúde. Relatório global sobre hepatites de 2017. Brasília: OMS, 2017.

PALÁCIOS, V. R. C. et al. Leprosy and pregnancy in the State of Pará: an epidemiological perspective. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Uberaba, v. 46, n. 4, p. 1-7, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v46n4/0037-8682-rsbmt-00-00-21.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2017.

PAROLIN, M. B. et al. Prevalência de infecção pelo vírus da hepatite C em pacientes com diabete melito tipo 2. Arquivo Gastroenterologia, São Paulo, v. 43, n. 2, p. 1-3, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ag/v43n2/31125.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2017.

PNUD. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Brasília: PNUD, 2016.

PUDELCO P, KOEHLER AE, BISETTO LHL. Impacto da vacinação na redução da hepatite B no Paraná. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 35, n. 1, p. 1-9, 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v35n1/pt_1983-1447-rgenf-35-01-00078.pdf>. Acesso em: 07 jun. 2017.

SESPA. Secretaria de Estado de Saúde Pública. Centros Regionais de Saúde. Belém: SESPA, 2016.

VIEIRA, G. D.; VENTURA, C. G.; SOUSA, C. M. Ocorrência e distribuição espacial da hepatite c em um estado da Amazônia Ocidental Brasileira. Arquivo Gastroenterologia, São Paulo, v. 51, n. 4, p.1-3. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ag/v51n4/0004-2803-ag-51-04-316.pdf. Acesso em: 13 mar. 2017.

TERRAULT, N. A. Sexual activity as a risk factor for hepatitis C. Hepatology, New York, v. 36, n. 5, p. 1-6, 2002. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12407582>. Acesso em: 12 mar. 2017.

XIMENES, R. A. A. et al. Methodology of a nationwide cross-sectional survey of prevalence and epidemiological patterns of hepatitis A, B and C infection in Brazil. Caderno de Saúde Pública, São Paulo, v. 26, n. 9, p. 1-11, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csp/v26n9/03.pdf>. Acesso em: 16 mai. 2017.

WORLD BANK. The international bank for reconstruction and development. Washington: World bank, 2006.

Downloads

Publicado

05-07-2019

Como Citar

GONÇALVES, N. V.; VIEIRA, D. C. .; MIRANDA, C. do S. C. .; PALÁCIOS, V. R. da C. M. .; COSTA, S. B. N. da .; GUEDES, J. A. .; SANTOS, B. de O. .; COSTA, R. J. F. da .; E SILVA, S. C. M. .; OLIVEIRA, R. A. C. de . ANÁLISE ESPACIAL E EPIDEMIOLÓGICA DE HEPATITES B E C E ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL, NO ESTADO DO PARÁ. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 15, n. 31, p. 29–42, 2019. DOI: 10.14393/Hygeia153146170. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/46170. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos