ANÁLISE ESPACIAL E EPIDEMIOLÓGICA DE HEPATITES B E C E ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL, NO ESTADO DO PARÁ
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia153146170Palavras-chave:
Hepatite B, Hepatite C, Epidemiologia, Análise Espacial.Resumo
Considerando as hepatites B e C um grave problema de saúde pública no Brasil, este estudo objetivou analisar a distribuição espacial e socioeconômica destas doenças, nos municípios atendidos por três Centros Regionais de Saúde (CRS), da Secretaria de Saúde Pública do Estado do Pará, de 2010 a 2014. Foi realizado um estudo descritivo e transversal com dados do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As análises epidemiológicas mostraram que o 1º CRS notificou maior número de casos, sobretudo em 2012 e 2014. O perfil dos indivíduos mais acometidos foi sexo masculino (58,9%), pardos (65,1%), adultos (65,6%), baixa escolaridade (27,3%) e residentes em zona urbana (93,0%). Os fatores de riscos mais significativos nos três CRS foram as doenças sexualmente transmissíveis e uso de medicamentos injetáveis. A análise espacial entre os parâmetros do IDHM e da taxa de incidência mostrou uma autocorrelação inversa entre essas duas variáveis. Foi observado que áreas com IDHM médio e baixo apresentaram altas taxas de incidência. As análises geradas foram eficazes para construir um cenário epidemiológico contextualizado das hepatites B e C. Ressaltamos a necessidade de expansão de programas de controle destas doenças nas áreas estudadas.
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