O PCB e a Guerra da Coréia: memória, história e imaginário social
Resumen
Quase quarenta anos sem o reconhecimento legal de sua legenda, permitiram aos comunistas brasileiros uma rica experiência na clandestinidade. Nesse período, inseriram-se em diferentes movimentos sociais a fim de manterem-se ligados à vida política do país. Na década de 1950, um dos objetivos dos comunistas brasileiros era o de impedir a participação do Brasil na Guerra da Coréia ao lado dos Estados Unidos. Nesse ano, os comunistas brasileiros patrocinaram a "Campanha Contra o Envio de Soldados Brasileiros para a Coréia". Tal campanha consistia em passeatas, enterros simbólicos, coleta de assinaturas, comícios-relâmpagos, manifestações populares etc., objetivando pressionar a opinião pública brasileira e, sobretudo, o governo para que o Brasil não enviasse nenhum membro das forças armadas para participar do conflito coreano. Através da análise dos inúmeros documentos partidários e, sobretudo, da memória dos militantes que participaram do movimento é possível perceber o processo de reconstrução da memória acerca do ideário pacifista e, ainda, verificar a tentativa de criar um laço identitário entre os comunistas e os pacifistas, apresentando os primeiros como seus legítimos e únicos defensores.
PALAVRAS-CHAVE:
PCB. Memória. Guerra da Coréia.
ABSTRACT:
Almost forty years without the legal recognition of their legend allowed a rich experience in clandestinity to Brazilian communists. In this period, they introduced themselves in different social movements in order to keep them on connected to the country political life. In the decade of 1950, one of the aims of Brazilian communists was to impede Brazil's participation in Korean war at the side of The United States of America. In this year, Brazilian communists patronized the "Campaign Against Sending Brazilian Soldiers to Korea". Such campaign consisted in parades, symbolical funerals, signatures collection, quick election campaigns, popular manifestations and so on, aiming to press the public opinion, and above all, the government in order to avoid that Brazil would send any member of military forces to participate of the Korean conflict. Through the analysis of uncounted partisan documents and, above all, of the militants memory that participate of the movement it is possible to perceive the reconstruction process of the memory about the pacifist ideas and even to verify the endeavor of creating a tie identitary between communists and pacifists, presenting the first ones as legitimate and unique defenders.
KEYWORDS:
PCB. Memory. Korean war.
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