As narrativas e os arranjos da terminologia racial no período escravista brasileiro: o caso de Antonio Ferreira Cesarino.
Abstract
Este artigo circunscreve as narrativas sobre a trajetória de Antonio Ferreira Cesarino (1808-1892) e o colégio que fundou em meados do século XIX em Campinas-SP. Além de seus feitos dignos de nota, o mais interessante a notar, neste trabalho, é que as narrativas sobre Cesarino não contam que ele era negro. Assim, é importante reconhecer a dimensão simbólica que está por trás das lacunas, posto que, muitas vezes, os elementos necessários ao entendimento de determinados sujeitos e do contexto social em que vivem surgem não apenas da análise do que é dito, mas também daquilo que é silenciado. Na primeira parte, passa-se em revista a trajetória de Cesarino. Na segunda, apresenta-se o colégio que fundou e, em seguida, os fatores que permitiram sua fundação e condução. Na parte conclusiva, a lógica da terminologia racial do período escravista adensa nossas considerações.
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