À procura da estética adequada
Raça, gênero e geração no espaço escolar
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCS-v9n2-2019-56581Palavras-chave:
materialidades, consumo, cabelos, uniforme escolar, corpoResumo
Neste artigo acompanhamos reivindicações de protagonismo juvenil como performadas no espaço escolar, a partir de relatos, embates, disputas e controvérsias reportados durante a década de 2010. A análise segue por uma abordagem material das estéticas corporais, balizada por raça e gênero, aos quais foram adicionados, durante o processo de pesquisa, um terceiro marcador, o de geração. Muitos dos descompassos encontrados apontam para disputas intergeracionais que traduzem, por sua vez, diferentes ideais estéticos e diferentes expectativas de conformidade na aparência. Ao mesmo tempo, do ponto de vista da juventude, a centralidade que as estéticas corporais adquirem em seus projetos atravessa não apenas os diferentes gêneros, sexualidades e ou marcadores raciais, mas também as diferentes classes. Levar a sério reivindicações juvenis em torno de seus gostos, pode parecer, a olhares mais tradicionalistas, dar atenção ao que é concebido como superficial. Mas pode apontar também caminhos produtivos para repensarmos o próprio projeto escolar. Como veremos, a estética e as aparências, nada têm de superficiais.
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