Agências Estetizadas: Juventudes, Mobilizações e Ativismos em Angola
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCS-v9n2-2019-56679Palabras clave:
agências, estetização, juventudes, ativismo, geração digital, AngolaResumen
Meu objetivo com este artigo é analisar o contexto das mobilizações e do ativismo em Angola, em um período de emergência da geração digital e compreender o fenômeno da última década em que as formas de ativismo político passaram e ser expressos cada vez mais intensamente de forma estetizada. Pensando nas transformações ocorridas nas manifestações políticas em forma de protesto, desde 2011, analiso o caso de Angola, sobre o qual venho acompanhando as movimentações das juventudes através das redes sociais digitais, sites e blogs. Tenho notado que o visual, o sonoro, a escrita e as performances são linguagens ou agências de ação estética predominantes nas práticas de ativismos juvenis na última década, como no Brasil (Marcon, 2018). Isso significa dizer que entre os jovens as ações políticas são apresentadas de forma cada vez mais plástica e que as pessoas envolvidas nessas manifestações expressam um grande repertório criativo e comunicativo tanto local quanto global. O caso mais específico que trago aqui é o que ficou conhecido como 15+2 (quinze mais duas), quando durante o ano de 2015 alguns jovens foram presos por protestarem contra o presidente de Angola e tornaram a mobilização em torno do episódio da prisão um mote para expressão de manifestações e protestos, que ganharam grande repercussão em Angola e na comunidade internacional.
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Citas
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