Resumo
O objetivo desta pesquisa foi investigar as contribuições dos red flags obtidos de relatórios financeiros na detecção de fraudes corporativas. Foram selecionadas 277 companhias abertas não financeiras listadas na B3 (Brasil Bolsa Balcão) com dados do período de 2006 a 2018. Os dados e informações foram coletados nas notas explicativas das empresas, na base Refinitiv®, no site da Comissão de Valores Monetários (CVM) e da Polícia Federal. Com base na Regressão Logística para dados em painel, foram analisadas as variáveis firma de auditoria, crescimento dos estoques, representatividade dos passivos, rentabilidade e perdas operacionais. As variáveis foram selecionadas tendo em vista sua relevância identificada na literatura como detentoras de potencial para identificar riscos de fraudes. Os resultados demonstraram que os red flags firma de auditoria e o endividamento mensurado pela ponderação dos passivos pelos ativos totais contribuem para a identificação do risco de fraudes corporativas. O estudo contribui para analistas, credores e investidores identificarem, com base nos red flags, empresas com risco de fraudes corporativas. A fraude corporativa é um crime que afeta todas as empresas e o estudo de red flags é relevante para investidores e analistas identificarem empresas com indícios de fraudes ou no caso de a gestão identificar estas no seu estágio inicial. Os resultados do estudo podem influenciar o trabalho de auditores internos e externos, organismos fiscalizadores, investidores, analistas, agências de classificação de crédito e sistema bancário.
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