Encarceramento, decolonialidade e maternidade

direitos fundamentais de mães em situação de prisão e o controle eugênico de natalidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/RFADIR-51.1.2023.69212.703-724

Palavras-chave:

Mulheres, maternagem, reprodução, dignidade, prisão

Resumo

O escopo do presente artigo é compreender de que maneira o colonialismo, enquanto ferramenta historicamente presente e opressora, se anuncia em conjunto às desigualdades estruturais aprisionando mulheres encarceradas para além dos muros que lhe limitam, em especial no que concerne à maternidade. Partiu-se de dados coletados pelo INFOPEN mulheres, e decisões em tribunais superiores (em especial HC coletivo de 2018 do STF), compreendendo as violações a direitos fundamentais femininos, em conjunto a uma perspectiva específica das violações à dignidade maternas nas prisões. Ao final, entendendo as estruturas coloniais racistas e sexistas, reproduzidas dentro e fora da prisão, se observou que a dignidade feminina se encontra em situação mais vulnerável dentro do cárcere quando se trata do exercício da maternidade e de seu direito à reprodução. Para o desenvolvimento metodológico, foi usado o método dedutivo de abordagem e os métodos de procedimento bibliográfico e documental, a partir de uma pesquisa de natureza qualitativa.

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Biografia do Autor

Grasielle Borges Vieira de Carvalho, Universidade Tiradentes

Doutora em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo/SP. Mestre em Direito Penal pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos da Universidade Tiradentes. E-mail: grasielle.borges@souunit.com.br. ORCID: 0000-0002-4453-5889 Lattes:

Hemilly Gabriellen Santana Santos, Universidade Tiradentes

Graduanda em Direito pela Universidade Tiradentes. Pesquisadora na área do encarceramento feminino, vinculada aos programas de Iniciação Científica da Universidade Tiradentes (UNIT/SE). Membro do Grupo de Pesquisa em Execução Penal. E-mail: contatohemillysantana@outlook.com. 

Fernanda Caroline Alves de Mattos, Universidade Tiradentes

Doutoranda em Direitos Humanos na Universidade Tiradentes - UNIT, Bolsista pela CAPES, Mestra em Ciência Jurídica pela Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP, Graduada em Direito pela Universidade Tiradentes - UNIT. Participante do grupo de pesquisa Intervenção do Estado na vida das pessoas (INTERVEPES-UENP) e do Grupo de pesquisa Direito e sexualidade (UFBA), ambos do diretório CNPq. Pesquisadora vinculada ao Grupo de Pesquisa em Gênero, Família e Violência vinculado ao CNPq. (http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhorh/3266505536822300). Atua em pesquisas relacionadas a Direitos Humanos, Direito Penal, Criminologia, Filosofia Jurídica e Sociologia Jurídica, todas com ênfase na relação entre Gênero e Direito. E-mail: mattos.fernandac@gmail.com. ORCID: 0000-0002-5322-4126 

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Publicado

2023-08-03

Como Citar

Borges Vieira de Carvalho, G., Santana Santos, H. G., & Alves de Mattos, F. C. (2023). Encarceramento, decolonialidade e maternidade: direitos fundamentais de mães em situação de prisão e o controle eugênico de natalidade. Revista Da Faculdade De Direito Da Universidade Federal De Uberlândia, 51(1), 703–724. https://doi.org/10.14393/RFADIR-51.1.2023.69212.703-724